SÃO PAULO
Hoje no Brasil todos os animais com "suspeita" de Leishmaniose devem ser mortos, e o tratamento é proibido.
Não há estudos que comprovem que matar animais resolva o problema, uma vez que a prática da matança acontece há décadas e o índice de casos humanos só tem aumentado.
A Organização Mundial de Saúde NÃO recomenda a eutanásia como forma de controle da doença
Cerca de 48%, dos resultados dos exames atualmente realizados nos cães, tem resultado falso positivo.
O projeto de lei 510/10 tinha por objetivo exigir uma exame de contra prova (segundo exame) em todos os animais cujo primeiro exame diagnóstico acusasse resultado positivo. A intenção era que a eutanásia só fosse realizada em cães comprovadamente infectados com a doença.
O então presidente do CRMV-SP, Dr. Francisco Cavalcanti, lutou incansavelmente para que o PL 510/10 não fosse aprovado na Assembleia Legislativa, depois solicitou o veto ao então Governador, Dr. Alberto Goldman, fazendo em seguida a mesma solicitação ao então Secretário de Saúde, Dr. Luiz Roberto Barradas Barata.
Infelizmente em 15 de Julho de 2011, o então Governador, Dr. Alberto Goldman, atendeu à solicitação do presidente do CRMV-SP, Dr. Francisco Cavalcanti, e vetou o PL 510/10.
Não obstante, ao saber da tramitação do veto na ALESP, o Dr. Francisco Cavalcanti encaminhou ao Presidente da Casa, deputado estadual Barros Munhoz, uma solicitação para que impedisse a tramitação do veto.
MATO GROSSO DO SUL
Em Dezembro de 2015, o médico veterinário André Luiz Soares da Fonseca foi autuado pelo CRMV/MS e ANVISA e teve interditado o espaço onde atendia gratuitamente à população e seus animais – sobretudo de pessoas carentes e ONGs –, principalmente com o tratamento de leishmaniose (doença epidêmica em Campo Grande/MS, cuja área ele é especialista). Lembrando que o tratamento de cães com leishmaniose é permitido por decisão judicial, sendo que a portaria que tentava proibi-lo foi considerada ilegal pelo STF.