Animais
TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A VACINA CONTRA LEISHMANIOSE
ATENÇÃO! (Atualização do post)"A licença de fabricação e comercialização da Vacina Leishmune foi suspensa pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). O produto produzido pela empresa Zoetis Saúde Animal, de acordo com o MAPA, descumpriu Regulamento Técnico para Pesquisa, Desenvolvimento, Produção, Avaliação, Registro e Renovação de Licença, Comercialização e Uso de Vacina contra Leishmaniose Visceral Canina, aprovada na Instrução Normativa Interministerial nº 31/2007.
De acordo com o estudo feito, ela não atendeu todos os requisitos para estudos de fase 3, que era quando a eficácia seria totalmente comprovada. Com isso, desde o dia 11 de novembro de acordo com a nota técnica a orientação é a de não usar mais essa vacina e o médico veterinário deverá estabelecer um novo protocolo vacinal para o seu paciente. "
Vacina contra Leishmaniose( Gabrielle de Castro )
A vacina que é referência atualmente no Brasil para a prevenção da Leishmaniose é a Leishmune®, essa vacina é o resultado de 23 anos de pesquisas acadêmicas conduzidas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ ), a sua comercialização no mercado interno e estrangeiro foi possível graças a parceria com a Fort Dodge que é referência mundial em imunização animal.
A Leishmune foi a primeira vacina no mundo contra a Leishmaniose e existe desde 2004, portanto, não é nova no mercado. A vacina está em fase de aprovação em diversos países europeus e já está sendo exportada para alguns continentes.
Trecho da entrevista com Diptendu Mohan Sen, presidente da Fort Dodge no Brasil
"O estudos de eficácia da Leishmune impressionaram as autoridades de diversos governos europeus durante o último congresso mundial de leishmaniose, realizado em Palermo [Itália] e o resultado é esta primeira exportação. É um reconhecimento internacional da ciência brasileira" Segue a baixo as perguntas mais frequentes quanto à utilização da vacina:A vacina previne?
A proteção que a vacina Leishmune® confere ao animal é superior a 90%, os estudos divulgados sugerem uma taxa que varia entre 92% à 95% o que é extremamente satisfatório, não há vacina que garanta 100% de eficácia e existem alguns motivos para que determinados animais não desenvolvam uma resposta vacinal adequada.
A vacina dá reações nas horas seguintes?
De cada 100 animais vacinados 25 deles terão alguma reação adversa, os sintomas variam de cada animal, mas os casos graves são raros e estão associados a reações alérgicas. Os sintomas mais comuns e relatados pela fabricante da vacina são dor local que perdura por alguns dias em razão do processo inflamatório, apatia e falta de apetite. Os sintomas desaparecem depois de alguns dias.
A vacina pode tornar o cão soropositivo à esta doença?É preciso compreender em que sentido isso ocorre, as duas principais vacinas disponíveis no mercado para a Leishmaniose são a Leishmune® e a Leish-Tec®, depois de vacinados os animais submetidos aos testes de diagnóstico podem apresentar falso positivo para Leishmaniose, não confunda isso pensando que a vacina pode provocar a doença, não há reversão da patogenicidade porque a Leishmune é uma vacina inativada, a Leish-Tec utiliza a tecnologia recombinante que é a mesma empregada nas vacinas experimentais para o vírus HIV e também não oferece risco algum de reversão da doença.
Reações que podem ocorrer após aplicação da vacina. Veja nessa pesquisa:
Fonte:www.sovergs.com.br/site/38conbravet/resumos/488.pdf
Será que é melhor só comprar a coleira Scalibor e cuidar do ambiente?
Os recursos efetivos e com respaldo científico para minimizar o risco de contágio da leishmaniose visceral canina são restritos ao uso de repelentes químicos ou naturais, no caso da citronela, a utilização de sprays e o plantio de mudas no quintal ou jardim. A imunização com as vacinas disponíveis no mercado e/ou o uso complementar de coleiras como a Scalibor que também oferece ação repelente contra o mosquito vetor da Leishmaniose.
A Scalibor é um produto desenvolvido pela Divisão de Saúde Animal da farmacêutica Merck Sharp & Dohme ( MSD ) e possui eficácia comprovada. Porém, evidentemente, não se pode garantir 100% de efetividade para esse ou outros métodos de prevenção, mas é uma barreira importante.
Portanto, é preciso que se avalie o risco real da região em que você mora, converse com o veterinário de sua confiança.
O Ministério da Saúde não recomenda?
O Ministério da Saúde não regula produtos veterinários e em momento algum contestou a eficácia da imunização com a Leishmune em cães, compreenda que o que ocorre é o não reconhecimento da vacina para a prevenção da doença em humanos, a eficácia na queda dos casos de leishmaniose em humanos associada a imunização preventiva em animais é questionada e a alegação é a ausência de estudos nesse quesito. (fonte:http://blogabrigodosbichos.blogspot.com.br/2012/05/vacina-contra-leishmaniose.html)
E mais:
Acesse AQUI estudo comparativo das vacinas Leish Tec e LeishmuneEntenda AQUI a diferença entre vacina de vírus inativados e vírus atenuadosATENÇÃO:Para resultados satisfatórios a vacinação deverá ser precedida de um minucioso exame clínico realizado por um médico veterinário e de exame sorológico negativo para L. visceral.As datas das 3 primeiras doses devem ser seguidas rigorosamente sem atrasar nenhum dia sob o risco de prejudicar o processo de imunização do animal A VACINA DEVERÁ SER USADA SOMENTE EM CÃES ASSINTOMÁTICOS COM RESULTADOS SOROLÓGICOS NEGATIVOS PARA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA.--------------------------------------------
Novidade no mercado, consulte seu Veterinário de confiança:
Teste sorológico rápido para leishmaniose visceral canina
O teste avançado é baseado em imunocromatografia, pode ser feito na sala de consulta, o resultado sai em 6 minutos e com sensibilidade e especificidade compatíveis com o ELISA.
Nós ajudamos a UNESP - Araçatuba a validar este teste em 2011, mas só agora o produto foi registrado e aprovado pelo Ministério da Agricultura (MAPA).
Divulgação disponível na Revista Clínica Veterinária:
http://www.revistaclinicaveterinaria.com.br/v1/
Íntegra do trabalho científico disponível no PubMed:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21030153
ATENÇÃO!- Para manter-se informado online sobre a Leishmaniose, visite a página no Facebook: LEISHMANIOSE Canina Prefiro Tratar Que Matar https://www.facebook.com/LeishmanioseCanina?fref=ts
CASO ALGUÉM TENHA DÚVIDAS SOBRE LEISHMANIOSE, ENTRE EM CONTATO POR E-MAIL COM: ---------------------------------------------------------------------------------------Conheça o P-MAPA, novidade para tratamento da Leishmaniose caninaFármaco brasileiro melhora imunidade de cães com leishmaniose11/07/2013
Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Estudo publicado recentemente na revista Acta Tropica mostrou que um fármaco desenvolvido no Brasil e batizado de P-MAPA (abreviação de agregado polimérico de fosfolinoleato-palmitoleato de magnésio e amônio proteico) melhorou o estado clínico e a imunidade de cães com sintomas de leishmaniose. Segundo os pesquisadores, a droga poderia ser usada como adjuvante no tratamento convencional.
A pesquisa foi realizada na Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba (FMVA), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e contou com apoio da FAPESP.
Foram selecionados 20 animais que apresentavam pelo menos três sinais característicos da doença, entre eles emagrecimento acentuado, alopecia, crescimento anormal das unhas e lesões de pele, em especial na ponta das orelhas.
Após a confirmação do diagnóstico, os cães foram separados em dois grupos. Metade foi tratada com injeções intramusculares de P-MAPA durante 45 dias. A outra metade recebeu apenas placebo durante o mesmo período.
“O grupo tratado apresentou uma clara melhora clínica, especialmente relacionada ao ganho de peso e massa muscular, recuperação das lesões cutâneas e crescimento de pelos em áreas de alopecia. Também analisamos uma série de parâmetros para ver se a imunidade celular havia aumentado”, contou Valéria Marçal Felix de Lima, professora da FMVA e coordenadora da pesquisa.
Nos animais infectados, contou a pesquisadora, a imunidade celular tende a diminuir à medida que a doença progride, o que favorece o aumento da carga parasitária.
Para verificar se a droga era capaz de evitar esse quadro, os pesquisadores realizaram uma biópsia de pele da orelha dos animais e analisaram a carga parasitária nas amostras por um método conhecido como PCR em tempo real (reação em cadeia da polimerase, na sigla em inglês).
Ao final do tratamento, os cães tratados com P-MAPA mostraram redução na carga parasitária de cem vezes comparado ao observado no início do tratamento. Além disso, comparado ao grupo controle, o tratamento com P-MAPA estimulou cinco vezes mais a produção de uma citocina chamada interferon gamma (IFNγ), responsável por ativar as células de defesa e favorecer o combate ao protozoário causador da doença.
O tratamento, por outro lado, reduziu em cerca de três vezes a quantidade de outra citocina chamada interleucina 10 (IL-10), capaz de desativar as células de defesa e permitir a proliferação do patógeno.
Para Lima, os resultados sugerem que o P-MAPA poderia ser usado como auxiliar no tratamento da leishmaniose em cães.
“As drogas hoje disponíveis não conseguem eliminar o parasita totalmente. O cão fica sujeito a recaídas. Além disso, são muito tóxicas para os animais”, contou a pesquisadora.
Até pouco tempo atrás, a legislação brasileira proibia o tratamento de cães infectados pelo protozoário Leishmania chagasi, pois acreditava-se que o sacrifício era a melhor forma de evitar a transmissão para humanos, que ocorre pela picada do mosquito-palha (Phlebotomus pappatasi). “Mas a legislação está se tornando mais flexível e aceitando o tratamento dos animais”, contou Lima.
Embora no artigo publicado na Acta Tropica os pesquisadores não tenham explorado os mecanismos de ação do medicamento, estudos anteriores mostraram que ele é capaz de estimular determinados receptores celulares relacionados à imunidade inata.
Considerado um imunomodulador, o P-MAPA já demonstrou resultados promissores no combate a alguns tipos de câncer e a outras doenças infecciosas, como tuberculose e malária. Leia mais emhttp://agencia.fapesp.br/15913.
A molécula foi desenvolvida a partir de substâncias existentes no fungo Aspergillus oryzae pela rede de pesquisa Farmabrasilis – entidade sem fins lucrativos criada em 2001 e constituída por cientistas brasileiros, chilenos, europeus e norte-americanos.
O artigo Improvement in clinical signs and cellular immunity of dogs with visceral leishmaniasis using the immunomodulator P-MAPA (doi: 10.1016/j.actatropica.2013.04.005), pode ser lido em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0001706X13001034.
SEJA GENTIL PARTILHE MAS NÃO ESQUEÇA DE DAR OS CRÉDITOS
DENISE DECHEN (http://dicaspeludas.blogspot.com.br/)
Você pode se interessar também por: DIGA NÃO A LEISHMANIOSE! (tire suas dúvidas sobre essa doença)LEISHMANIOSE &DENGUE - COMO DIFERENCIAR ?
-
Criada Em Israel Vacina Contra A Doença Do Carrapato
Vacina livraria cães da “doença do carrapato”, que pode ser letal Daniela Kresch, especial para O GLOBO, de Tel Aviv Uma descoberta acidental pode salvar a vida de cães em todo o mundo. Durante testes para o estudo de bactérias em animais,...
-
AtenÇÃo! A Leishmaniose Visceral AvanÇa No Brasil
A leishmaniose visceral (LV) era, primariamente, uma zoonose caracterizada como doença de caráter eminentemente rural. Mais recentemente, vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte e se tornou crescente problema de saúde pública...
-
Leishmaniose- Uma Luz No Final Do TÚnel
Novas soluções para uma velha conhecida Fármaco produzido no Brasil pode ajudar no tratamento de leishmaniose em cães. Combater a doença nesses animais é importante passo para diminuir número de casos em humanos. ...
-
Leishmaniose JÁ Mata Mais Que Dengue...
De 2000 para cá, leishmaniose visceral matou mais que a dengue em nove EstadosPor Tatiana ProninDo UOL, em São Paulo 22/11/2012 Desde que a epidemia de dengue se intensificou no país, há alguns anos, todo mundo ouve o Ministério da Saúde anunciar...
-
Como Os Europeus Enfrentam A Leishmaniose
Enquanto aqui no Brasil seguimos na luta para impedir a matança anual de milhares de cães vítimas desta doença (alguns apenas com a suspeita), há anos países Europeus oferecem tratamento para seus animais. No Brasil o tratamento é proibido,...
Animais