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MASTOCITOMAS
Os mastocitomas são as neoplasias cutâneas mais comuns nos cães, representando cerca de 16 – 21% de todos os tumores de pele. São, predominantemente, mais frequentes em cães de meia idade, mas têm sido reportados casos que variam desde as 3 semanas aos 19 anos.
Podem ocorrer em várias raças, sendo bastante frequente no Boxer, Staffordshire Bull Terrier, Labrador, Golden Retriever, Weimeraner e Schnauzer.
Não existe predileção sexual.
Não foi encontrado um padrão hereditário e a sua etiologia (causa) é desconhecida.
Em raras ocasiões, foi encontrada uma associação entre mastocitomas e inflamações crônicas, ou irritativas da pele. Atualmente, não existem evidências de uma causa viral nesta patologia.
O mastocitoma (também designado por tumor das células mastocitárias ou sacoma mastocitário), é muitas vezes designado como o “grande imitador” uma vez que pode mimetizar uma série de outras lesões cutâneas.
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Mastocitoma img:http://beingstray.com |
Classicamente, o mastocitoma bem diferenciado aparecerá como:
uma lesão elevada,
sem pêlo, solitária,
bem circunscrita,
podendo ou não ser avermelhada;
enquanto que os pouco diferenciados podem ser ulcerados, hemorrágicos, edematosos, com lesões satélite rodeando a lesão principal.
Um importante sub-grupo é que parece um lipoma, com aparência de:
uma massa mole,
pouco definida com pêlos.
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img. http://angraderme.blogspot.com.br |
Embora os mastocitomas pareçam macroscopicamente massa bem delimitadas, as suas margens microscópicas estendem-se bastante para além da massa palpável à superfície. O tamanho visualizável do tumor não é fator de prognóstico.
Os mastócitos produzem mediadores inflamatórios, nomeadamente a histamina e a heparina, desempenhando um papel importante na resposta imunitária do organismo. A heparina impede a coagulação do sangue nos vasos, e a histamina atua dilatando os mesmos. Estas substâncias quando libertadas, provocam alguns dos sintomas referidos na doença: hemorragias,
inchaço,
prurido, nódulos que aumentam e logo diminuem de tamanho,
vômitos,
diarreia
em casos raros, choque e colapso.
Os locais mais comuns de ocorrência desta neoplasia são:
a pele do tronco,
períneo
e membros posteriores.
Outros locais menos comuns incluem:
a cabeça e o pescoço.
É possível que mais do que um tumor se desenvolva ao mesmo tempo e em lugares diferentes.
O diagnóstico de mastocitoma pode ser feito por citologia aspirativa por agulha fina, mas a biopsia é fundamental para a classificação do grau do tumor. Outros testes recomendados incluem o hemograma, painel bioquímico, radiografia abdominal ou ecografia e urianálise.
Os mastocitomas malignos espalham-se através da circulação sanguínea e linfática, pelo que a citologia aspirativa de gânglios linfáticos pode estar indicada para ajudar a determinar o grau de metastização.
A classificação histológica do mastocitoma baseia-se no grau de diferenciação das células tumorais:
- Os mastocitomas grau I são bem diferenciados, são normalmente benignos e, geralmente, apenas tratados com cirurgia.
- Os mastocitomas de grau II possuem uma malignidade moderada e são tratados com cirurgia agressiva, com amplas margens de recessão.
Estes tumores possuem uma reduzida taxa de metastização.
- Os tumores de grau III são bastante agressivos e metastizam frequentemente (gânglios linfáticos, fígado, baço e medula óssea, raramente para os pulmões).
Os tumores localizados nos membros possuem um melhor prognóstico do que tumores localizados no tronco e pescoço,sendo que as neoplasias localizadas nas junções mucocutâneas (lábios, pálpebras, prepúcio e vulva) são os que possuem pior prognóstico.
Foto 1 e 2 :
http://renatasobral.com.br/oncologiaveterinaria/?p=100
Foto 3 :
http://argos.portalveterinaria.com/noticia/3528/ART%C3%8DCULOS-(ARCHIVO)/mastocitoma-canino.html
Foto 4 : http://eletroquimioterapia.com.br/website/index.php?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=41
Foto 5 :
http://www.hvf.es/ver_casoclinico.php?id=28
As opções terapêuticas dependem do tipo de mastocitoma em causa, da sua localização, tamanho, grau e estado, bem como do estado físico do paciente. Existe a:
cirurgia,
a radioterapia
e a quimioterapia.
A cirurgia é o tratamento de eleição nos tumores de grau I e na maioria dos mastocitomas de grau II. Deverá ser agressiva, removendo com amplas margens o tumor. Na impossibilidade de remover com amplas margens, como nos casos de localização nas extremidades, a amputação poderá ser considerada. Uma alternativa é a realização de cirurgia com as maiores margens possíveis e posterior realização de radioterapia ou quimioterapia.
A radioterapia é uma opção que consegue controlar 90-95% dos mastocitomas de grau II e 50% dos mastocitomas de grau III, após cirurgia.
A quimioterapia é um tratamento, ao qual se recorre, geralmente, como co-adjuvante da cirurgia.
Existem vários protocolos, aos quais se associa antibioterapia durante o tratamento, uma vez que os pacientes têm tendência a desenvolver baixas contagens de células brancas 7 dias após o início do protocolo. Os antibióticos ajudam a prevenir infecções bacterianas secundárias.
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Por: HOSPITAL VETERINÁRIO DE GONDOMAR (http://www.animed.pt)
Fonte: http://www.animed.pt/wcm.aspx?conteudo=true&idConteudo=31
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LEIA TAMBÉM: Auto-hemoterapia como adjuvante no tratamento de mastocitoma canino. Click AQUI e acesse o artigo.
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DENISE DECHEN (http://dicaspeludas.blogspot.com.br/)
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