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BRUCELOSE CANINA TEM NA CASTRAÇÃO UMA ALIADA
Mais uma vez a castração é uma aliada...A Brucelose, é uma grande preocupação para criadores, pois é uma doença a qual sua principal via de transmissão é a sexual, logo afeta diretamente a saúde reprodutiva do animal.O que compromete o retorno financeiro do proprietário porque os filhotes se tornam inviáveis para a venda e o custo para o controle é alto. Ela pode passar muito tempo assintomática num animal contaminado o que deve ser mais um alerta vermelho para quem compra animais, é aconselhável exigir sempre antes exames negativo para Brucella canis .
Prevenção: Não há tratamento capaz de "curar" a Brucelose canina. Alguns sugerem o sacrifício de todos os cães soro-positivos para Brucella canis, esperando reduzir o risco de transmissão do cão para o humano. Esta medida, bastante radical, pode ser substituída pela castração destes animais, seu isolamento na propriedade e cuidados especiais de higiene e manejo.(sobracibr)
A seguir uma seleção de trechos do texto do Portal da Cinéfila com informações básicas, para que você entenda um pouco mais sobre essa Zoonose.
O que é a Brucelose:
Brucelose é uma zoonose, doença capaz de ser transmitida ao homem pelos animais (principalmente rebanhos) infectados. Portanto, todo criador deve ter o mínimo de conhecimento, pois, se não fizer um controle da doença no seu plantel, pode ser responsabilizado tanto pela contaminação dos seus animais como pela possibilidade da propagação da doença para o homem.
(Embora não seja doença muito comum no Brasil, a importação de animais de países onde a Brucelose Canina é mais encontrada exige muita atenção. Se possível, exija testes diagnósticos antes da compra ou, pelo menos, antes de anexar o animal ao seu plantel.)
Sua distribuição no mundo:
A Brucelose tem uma distribuição universal. Somente a Noruega, a Suécia, a Finlândia, a Dinamarca, a Islândia, a Suíça, as Repúblicas Checa e Eslovaca, a Romênia, o Reino Unido, incluindo as Ilhas do Canal da Mancha, a Holanda, o Japão, Luxemburgo, Chipre, a Bulgária e as Ilhas Virgens estão livres da doença. Nesses países somente casos humanos esporádicos aparecem em fazendeiros, trabalhadores em açougues e frigoríficos, veterinários e caçadores.
Tempo de sobrevida:
As bactérias vivem mais de 8 semanas no queijo fresco de leite não pasteurizado, sobrevivem à refrigeração, são viáveis no solo seco, contaminado pela urina, fezes, secreções vaginais e produtos da concepção, por mais de 40 dias e por maior tempo no solo úmido, sobrevivem por mais de 3 semanas nas carcaças congeladas e aos procedimentos da fabricação do presunto.
Meios de transmissão:
A transmissão da brucelose ao homem é feita principalmente pelo leite ou derivados não pasteurizados, inclusive sorvetes e pelo consumo de carne crua. (são extremamente raros os relatos de humanos infectados pela Brucella Canis, devido a manipulação de cães infectados)
A penetração das bactérias por via inalatória ocorre principalmente nas crianças e profissionais que lidam com os animais contaminados. A invasão da brucela pode ocorrer diretamente pelo olho, nasofaringe e genitálias.
Endemias em canis podem ser desencadeadas pela excreção de muitos microrganismos nas secreções genitais e pelo leite, possibilitando a transmissão horizontal e vertical.Os filhotes podem ser contaminados ainda dentro do útero ou pelo leite da cadela portadora da brucelose.
Após penetrarem por uma mucosa (oral, nasal, conjuntiva(interior das pálpebras), genital), ou mesmo por lesões da pele, as brucelas chegam aos nódulos linfáticos e tecidos reticuloendotelial, multiplicando-se dentro de várias células como os macrófagos e as hemácias.
Reação do organismo infectado:
Na sua luta contra a doença, o organismo induz à resposta inflamatória que termina na formação de granulomas principalmente no fígado, baço, nódulos linfáticos e medula óssea e Discoepondilite . Pode haver orquite intersticial (inflamação do testículo) com áreas de fibrose e atrofia fibróide, endocardite com vegetações nas valvas cardíacas, lesões granulomatosas no miocárdio e envolvimento do cérebro, rins e pele.
Importante que somente a metade dos acometidos pela brucelose apresenta manifestações clínicas.
Após um período de incubação de uma a três semanas, ou até de vários meses, surgem manifestações iguais às encontradas em todas as doenças febris :
febre com características de remitência,
dores articulares,
fraqueza,
fadiga,
perda de peso,
falta de apetite,
dor de garganta e tosse seca que surgem subitamente em três dias ou mais gradualmente num espaço de uma semana.
Sintomas:
“Nas fêmeas, os principais sintomas são: morte embrionária precoce, aborto no terço final da gestação, altas taxas de natimortalidade (fetos expelidos mortos no momento do parto).
Os machos podem apresentar infertilidade, epididimite, orquite e dermatite escrotal (todas elas inflamações no aparelho reprodutor) como consequência de alterações no sêmen. Também existem relatos de sintomas de uveíte (inflamação intraocular), disco espondilite (alterações nas vértebras), meningite (inflamação nas meninges), glomerulonefrite (infecção nos rins) e dermatite pio granulomatosa (infecção da pele).
Diagnóstico:
O diagnóstico baseia-se no histórico clínico do animal, acompanhado de sorologia (exame específico no soro sanguíneo). O procedimento que confirma a presença da Brucella, uma vez o animal sendo soropositivo (teste sorológico positivo para brucelose), é o isolamento desse agente em secreções orgânicas ou tecidos.
O tratamento pode ser realizado mediante a utilização de antibióticos indicados especificamente para a doença. Sempre deve ser lembrado que a brucelose é uma zoonose, portanto pode ser transmitida para seres humanos.”
Prevenção:
O primeiro passo para a prevenção e controle da doença é confirmar a presença da Brucella nos animais do canil ou em seu cão ou cadela. Sempre que houver cruzamento, antes dele acontecer, os dois cães devem ser testados para brucelose. Só devem acasalar se ambos tiverem resultado do exame sorológico negativo. Isso garante que os animais não sejam infectados durante o acasalamento.(Por Profa. Dra. Silvia E. Crusco (CRMV-SP 4313)
A doença pode ser suspeitada se houver história de exposição a produtos ou animais contaminados pelas brucelas. Os anticorpos específicos podem ser detectados por métodos como o standard tube agglutinins (STA) e o enzyme linked immunosorbent assay (ELISA). Os antígenos da B. abortus apresentam reação cruzada com a B. melitensis e a B. suis, sendo usados no diagnóstico imunológico dessas doenças, não têm o mesmo comportamento com a B. canis que somente reage a antígenos específicos. A cultura do sangue apresenta sensibilidade de 75% se for feita na fase aguda, aumentando a sensibilidade para 90% nas culturas de medula óssea. As brucelas também podem ser encontradas em culturas de materiais dos fetos abortados, da placenta, do sêmen ou dos corrimentos vulvovaginais....
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Orquite e epididimite de animal com diagnóstico de brucelose canina positiva. Fonte: CD Atlas de Alergia e Dermatologia, do CEPAV Laboratórios. |
Medidas diagnósticas e tratamentos são exclusivamente da área dos veterinários que devem sempre ser consultados. Não trate os seus animais sem a orientação profissional...
Os resultados dos tratamentos nem sempre são satisfatórios, havendo muitos casos de recidivas....
Aos criadores cabe a tarefa de evitar a entrada da doença no seu canil. Se acontecer será muito difícil livrar-se definitivamente dela. Portanto, todo cuidado é pouco...
Um macho contaminado deve ser retirado da criação mesmo após tratamento adequado. Mesmo havendo provas que uma cadela contaminada pode gerar filhotes sãos, creio que as cadelas portadoras de brucelose, por melhores que sejam, devem ser retiradas da criação. Alguns autores sugerem a castração de todos os animais contaminados.
Conclusão. A finalidade da matéria deste boletim é alertar os criadores sobre uma doença pouco conhecida da maioria deles até mesmo por não haver uma literatura muito rica.
Apesar de não ser uma doença muito comum nos criatórios de cães no Brasil, a brucelose reveste-se de grande importância por:
1- Possibilidade de ser transmitida do cão ao homem;
2- Não existir, até o momento, vacina para a prevenção;
3- Ser uma doença insidiosa, facilitando o alastramento entre os animais sem o aparecimento de sintomatologia ou com sintomatologia muito pobre;
4- Por suas características biológicas, principalmente a reprodução intracelular, a efetividade do tratamento da brucelose ser sempre uma incógnita;
5- Apesar de não ser comum, a brucelose pode ser introduzida em qualquer canil prejudicando um trabalho de seleção de anos.
Para leitura deste texto na sua íntegra, acesse AQUI
Manifestações Clínicas nos humanos A apresentação da brucelose é caracteristicamente variável. O período de incubação é muitas vezes difícil de determinar, mas é geralmente de 2 a 4 semanas. O início pode ser insidioso ou abrupto. Infecção subclínica é comum.No caso mais simples, o início é influenzalike com febre atingindo 38 a 40oC. Dor nos membros e nas costas são invulgarmente grave, no entanto, sudorese e cansaço e são marcadas. A contagem de leucócitos tende a ser normal ou reduzida, com uma linfocitose relativa. O exame físico revelou esplenomegalia pode ser o único achado. Se a doença não é tratada, os sintomas podem continuar durante 2 a 4 semanas.Muitos pacientes, então, recuperam espontaneamente, mas outros podem sofrer uma série de exacerbações. Estes podem produzir uma febre ondulante em que a intensidade da febre e sintomas recorrentes e diminuir em cerca de 10 dias de intervalo. A anemia é frequentemente uma característica. Recidivas verdadeiros pode ocorrer meses após o episódio inicial, mesmo após o tratamento aparentemente bem sucedida.
Pessoas mais afetadas recuperar inteiramente dentro de 3 a 12 meses, mas alguns vão desenvolver complicações marcados pelo envolvimento de vários órgãos, e alguns podem entrar uma síndrome mal definida crônica. As complicações incluem artrite, frequentemente sacroileíte e espondilite (em cerca de 10 por cento dos casos), o sistema nervoso central, incluindo meningite (em cerca de 5%), uveíte e, ocasionalmente, epididymoorchitis. Em contraste com os animais, o aborto não é uma característica da brucelose em mulheres grávidas. As reações de hipersensibilidade, que podem imitar os sintomas de uma infecção, podem ocorrer em indivíduos que são expostos ao material infeccioso após anterior, mesmo subclínica, infecção.Leia artigo completo AQUI
Fontes pesquisadas :
http://www.portaldacinofilia.com.br/portal/2010/06/28/brucelose-canina
http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=brucelose.htm
http://www.sobracibr.org/dicas/
http://www.topgyn.com.br/home/index.php/servicos/animais-amp-plantas/3853.html
http://intranet.tdmu.edu.te.ua/data/cd/disk2/ch028.htm
http://www.adelo.com.ar/noticias/brucelosis.php
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DENISE DECHEN (http://dicaspeludas.blogspot.com.br/)
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