*Corte de cauda,orelhas,cordas vocais e amputação de unhas estão proibidos no Brasil. O Medico Veterinário que o fizer pode e deve ser denunciado ,ele está passivo de punição e perda do registro.- A ABLAÇÃO DAS UNHAS, OU AMPUTAÇÃO DA GARRA DE UM GATO PELA SUA FALANGETA, É TREMENDAMENTE CRUEL. Saiba porque o é, os riscos em termos de saúde e defesa dos gatos (...) a ela submetidos, além de todas as consequências que podem surgir de tal intervenção (um texto adaptado de um artigo de Gary Lowenthal, publicado em "The Whole Cat Journal" Copyright 2002) Porque os gatos necessitam da unhas As unhas participam em quase qualquer coisa que um gato faça quando está desperto. Pela manhã, crava as suas unhas no arranhador e puxa, fazendo força contra a resistência elas exercem, estimulando e tonificando a parte superior do seu corpo. Enquanto joga, as suas unhas agarram os objectos que voam pelo ar e derrubam-nos. Quando corre pela casa e sobe as escadas, as suas unhas actuam como farpas proporcionando-lhes uma tracção extra. Quando escala, usa as unhas como grampos de montanhismo em miniatura, permitindo-lhe alcançar o topo com facilidade. Um gato usa as unhas para coçar-se quando tem comichão, manipular a erva gateira, agarrar-se quando segue por um caminho estreito, alçar o seu corpo até um local elevado e segurar-se sobre uma cadeira com estabilidade, enquanto se lambe. As unhas são utilizadas inclusivamente para expressar-se; por exemplo, uma ligeira extensão das unhas é uma forma subtil de dizer "estou cansado que me agarres, apetece-me descer para o chão”. Em alguns casos, as unhas actuam como salva-vidas, permitindo a um gato trepar a um lugar seguro, frustrando um atacante. Todo isto e muito mais se perde com a ablação das unhas a um gato. Na maior parte do mundo, a ablação das unhas não se faz. Em quase todos os países onde os gatos são animais de companhia, amputar-lhes as garras é ilegal. É todavia frequente nos EUA e Canadá. Ablação pode ser um termo demasiado suave e enganoso. Quando as pessoas ouvem tal pela 1ª vez, normalmente pensam que se refere a algum tipo de corte de unhas, não a uma série de 10 amputações, que deixam o gato sem os extremos das suas garras dianteiras. Os veterinários que se opõem à ablação das unhas advertem que, mais de metade dos clientes que consideram tal opção, mudam de ideia assim que descobrem como é o procedimento na realidade. Ablação de unhas = Amputar Trata-se de uma operação cirúrgica séria. É administrada anestesia geral, dado que a dor seria uma tremenda tortura sem ela. Coloca-se um torniquete em redor da primeira pata a desgarrar, executando o veterinário então uma sequência de dez amputações. Cada amputação elimina a unha e o osso, no qual esta, se encontra firmemente enraizada. Secciona-se o tendão e o ligamento que sustêm cada unha, cortando-se o tecido mole e a carne que rodeiam a zona. Em seguida, o assistente do veterinário enfaixa a pata do gato para enxugar o sangue. O gato foi amputado. As unhas retracteis que teria utilizado ao longo da sua vida para coçar-se, jogar, caminhar e defender-se, jazem agora amontoadas sobre a mesa, esperando serem lançadas ao lixo. A operação de ablação da unhas nem sempre termina sem percalços. As complicações desta amputação podem ser de uma dor atroz, com danos ao nervo radial, hemorragia, ossos estilhaçados que impedem a cura e com um doloroso crescimento das unhas deformadas para dentro da garra, o que não é visível. Algumas complicações requerem uma segunda anestesia e cirurgia. Mesmo que a operação decorra sem percalços, as dores e angústia a que um gato é submetido ao despertar são atrozes. O Dr. Nicholas Dodman, Professor de Farmacologia de Conduta e, Director da Clínica de Comportamento na Escola Universitária de Medicina Veterinária, em Tufts (especialista internacionalmente reconhecido em investigação sobre o comportamento de animais domésticos) decifra a ablacção das unhas: “A falta de humanidade no procedimento fica claramente demonstrada, na forma de recobro dos gatos da anestesia após a cirurgia. Ao contrário das recuperações de rotina, incluindo as recuperações de operações de esterilização, que são tranquilas, a cirurgia de ablação das unhas termina com os gatos a revirar-se contra as paredes das jaulas de recuperação, devido a dores insuportáveis. Os gatos mais estóicos colocam-se em posição fetal contra o fundo da jaula, imobilizados num estado de desamparo, devido à dor esmagadora. A ablação das unhas serve como modelo de dor intensa nas provas de eficácia de fármacos analgésicos. Ainda que se possam utilizar analgésicos no pós-operatório, raramente são administrados, sendo os seus efeitos escassos e transitórios, dado que antes ou depois surgirá a dor". (extraído de “The Cat Who Cried For Help” Dodman N, Bantam Books, New York). Alguns veterinários americanos promovem a ablação das unhas com laser, como sendo um procedimento “livre de culpa”. O amputação com laser pode reduzir a hemorragia, diminuindo até certo ponto a dor agonizante, mas o procedimento não é diferente, somente a forma de amputação.
Os gatos necessitam de arranhar com as suas unhas Os gatos necessitam de arranhar. Arranhar é uma actividade fortemente ligada à natureza do gato, não sendo algo que ele possa escolher. Um gato arranha varias vezes ao dia, talvez umas 3000 ao longo da sua vida, para se libertar do stress, marcar o seu território e exercitar os músculos. As unhas são o coração da actividade de arranhar. A tensão entre as unhas cravadas numa superfície e os músculos da parte superior do corpo gera exercício, marcas visuais e qualidades audíveis específicas do arranhar. Os gatos caminham sobre toda a pataUm gato sem garras não pode arranhar correctamente. Isso deveria ser razão suficiente para não lhe amputar as garras. Arranhar é um comportamento tão inapto que, mesmo os gatos sujeitos à ablação de unhas, mantém a execução dos movimentos, ainda que não seja um raspar efectivo. Um gato sem garras pode roçar a sua pata ao longo de um arranhador, deixando aí o seu cheiro, mas perde o exercício da parte superior do corpo, que só é capaz de executar flexionando-se e estirando-se, contra a resistência de unhas fincadas. Há um preço, por não ser capaz de executar um saudável arranhar em cada dia. Os ombros e a parte superior das costas dum gato sem garras debilitam-se gradualmente, uma vez que arranhar é a principal actividade que os mantém fortes. A experiência completa de arranhar (o exercício, o impacto visual e o som das unhas ao arranhar) é um potente relaxante para um gato. Não se pode predizer como reagirá cada indivíduo ao ser-lhe negada esta estupenda fonte de alívio do stress. Um gato pode desenvolver problemas de agressividade para o resto da sua vida; um outro poderá apresentar-se aparentemente bem até que tenha de enfrentar uma situação de stress. Um gato que arranhe é um gato feliz. A ablação das unhas interfere profundamente neste comportamento basilar dos gatos. As garras suportam todo o peso do gato. Os gatos sustém-se e caminham sobre toda a extensão da garra. Quanto se amputa o extremo, tal como ocorre numa operação de ablação de unhas, o gato vê-se obrigado a modificar a sua postura de acordo com esta mudança. Ver-se forçados a caminhar de forma anti-natural, pode causar tensão nas patas e a longo prazo dor. A dor poderá crescer gradualmente e agravar-se, no caso o gato ter excesso de peso. Um gato não lhe poderá dizer directamente que lhe dói a pata. Só nos daremos conta de tal, quando ele começar a evitar o uso da caixa de areia. A Dra, Susan Swanson, proprietária da “Cat Care Clinic” em Mahtomedi, Minnesota, afirma que “ano após ano, os gatos sem garras que vêm à minha consulta têm muitos mais problemas com a caixa de areia, assim como com eliminações desadequadas”. Praticamente todos os responsáveis de refúgios e grupos de resgate animal dos EUA fazem o mesmo comentário. As patas doridas, com as quais não apetece escavar na areia, são por vezes a razão pela qual os gatos com garras amputadas são mais propensos a evitar as suas caixas de areia (o stress acumulado pela impossibilidade de arranhar poderá também ser um factor importante, uma vez que o stress é implicado em metade dos problemas relacionados com o tracto urinário). A ablação das unhas podem também causar dor noutras partes do corpo do gato. Os dedos permitem que o pé se apoie no chão no ângulo preciso para manter a perna, ombro, músculos das costas e articulações num alinhamento correcto. A eliminação das últimas falanges dos dedos altera drasticamente a configuração dos pés e faz com que o resto da garra se apoie no chão num ângulo anti-natural, podendo causar dores de costas similares às padecidas por seres humanos, quando usam calçado inadequado. Mitos comuns acerca da ablação das unhas “O meu gato é o mesmo de sempre; o meu gato pode fazer as mesmas coisas que faria um gato com unhas” Um gato sujeito à ablação das unhas não é mais o mesmo. Perdeu o extremo dos seus dedos. Não poderá obter o benefício completo de arranhar, a sua forma de caminhar vê-se alterada, uma vez que a parte frontal das suas patas não existe. Não pode agarrar um brinquedo ou manipulá-lo tão bem como se tivesse unhas. Pode trepar a superfícies simples, mas em terreno mais acidentado não se poderá valer das unhas dianteiras que servem como cravos de sujeição, travões e grampos. Se enfrentar alguma ameaça levará 10 unhas de desvantagem. É simples; há coisas que é possível fazer com um conjunto de pontas afiadas, mas que não se podem fazer com uma almofada lisa. Porém estas são apenas as diferenças mecânicas. Os gatos são famosos por esconder as suas doenças e superar estoicamente as suas deficiências. É injusto para o gato, que assumamos que não sente falta das suas unhas, só porque não se queixa explicitamente. O respeito para com os gatos exige que lhes demos o benefício da dúvida, supondo que sentirá a falta de qualquer coisa, que de outra forma utilizaria diariamente. O Dr. Gordon Stull, proprietário da Vatco Veterinary Clinic em Tabernacle, New Jersey, já viu um bom número de gatos sujeitos à amputação parcial das garras. Diz-nos ele que “a ablação das unhas é pura e simplesmente uma mutilação que pode causar danos, tanto físicos, como emocionais ao gato. Nem todo o gato sofrerá danos emocionais óbvios; alguns poderão ter o aspecto de qualquer gato normal, no entanto, se vejo na consulta um gato doméstico mostrando tendências agressivas (vocalizações ameaçadoras, uma natureza agressiva dominante e propensão a morder) sei que há 9 possibilidades em cada 10 de lhe terem arrancado parcialmente as garras, sendo os seus comportamentos agressivos a forma como o gato compensa a experiência traumática da ablação das unhas, com a consequente perda das suas defesas naturais causadas pela cirurgia". “O meu gato é ainda o mais temido do bairro; até os cães o evitam” As pessoas que fazem uma declaração como esta, deixam normalmente e subitamente de fazê-la, quando os seus gatos acabam na clínica de urgências veterinárias, com sérias lacerações em todo o corpo. Não tente a sorte, as probabilidades estão contra si. Mantenha o seu gato a salvo no interior e permita-o fazer uso das suas unhas, quanto mais não seja por ser o que lhe poderá salvar a vida, no caso de se escapar e se encontrar em perigo. “Mais vale a ablção das unhas, do que devolver um gato a um gatil onde se pratique a eutanásia” Normalmente a minha primeira resposta a esta observação é desviar o foco do mundo em geral, para o indivíduo que está a considerar a ablação das unhas. Pergunto-lhe: “Irias TU levar o TEU gato para um gatil se te arranhasse o sofá?” Até agora sempre me responderam que não, o que é a resposta correcta. A partir do momento que sei que o dono do gato está comprometido a proporcionar-lhe uma casa permanente, o argumento de “ablação das unhas ou eutanásia” deixa de ser válido e, podemos avançar na exploração de opções mais respeitosas e menos invasoras que o a amputação parcial das garras. Em todo o caso, a ablação das unhas, não é nenhuma garantia de que um gato não seja abandonado ou entregue a um gatil. Ao visitar qualquer gatil deles dos EUA, observará que há em todos gatos que foram sujeitos à ablação das unhas. Em alguns casos, terá sido o próprio arranque das unhas a razão do gato ser colocado num gatil. O gato terá desenvolvido problemas de comportamento, ou desenvolvido problemas com a caixa de areia, como resultado de não ter unhas, reduzindo assim drasticamente as suas possibilidades de continuar adoptado. Portanto, é por vezes realmente mais humano colocar um gato num gatil, mas ANTES de lhe serem amputadas as garras. São, com efeito, relativamente poucas as ablações de unhas feitas como último recurso, para salvar um gato de ir para um gatil. A maioria delas são preventivas e rotineiras; fazendo frequentemente parte dum pacote de ‘esterilização & ablação’. Em clínicas veterinárias Americanas, são amputadas garras a gatinhos, apesar de nem terem chegado a ter qualquer problema relacionado com elas e, antes mesmo de se-lhes ter podido dar uma oportunidade a alternativas mais humanas. Além disso, o dono meio consciente da ablação de unhas, tem apenas uma vaga noção de como é o procedimento, dos possíveis efeitos secundários, ou sequer porque é supostamente necessário. Não force por isso a decisão “amputar ou rejeitar” com o seu gato “Já tentei de tudo” Na minha experiência, todos e cada um dos donos de gatos que dizem ter tentado tudo, não o fizeram e muitas vezes nem sequer tentaram um pouco. Muitos não tentaram cortar-lhes as unhas, utilizar resguardos, nem fizeram mais do que um simbólico esforço com qualquer arranhador. Muitos deles nem ouviram falar em fita-gomada de dupla face (Softpaws) ou a tentaram utilizar. Um “problema de arranhar” pode ser uma reacção natural a uma lacuna no ambiente territorial do gato. Pode ser ainda um sinal dum problema de comportamento subjacente. Se um dos membros da casa, sem se dar conta, costuma acercar-se silenciosamente do gatinho por trás, assustando-o, este poderá responder tornando-se mais impaciente e agressivo. Se um gato da vizinhança começar a rondar os arredores da casa e a marcar o território, o nosso gato poderá reagir arranhando mais e projectando a sua frustração sobre outros membros humanos, ou animais da casa. Nestes e outros casos nos quais arranhar é sintoma dum estado físico ou emocional, é necessário determinar e remediar a causa subjacente. O mais provável é a ablação das unhas só ir piorar as coisas. “O meu gato é mais feliz agora que, já não o castigo por arranhar” Confiar na ablação das unhas como meio de tratar problemas comuns de comportamento em gatos, é dar carta branca ao recurso à força bruta, além de estabelecer um precedente potencialmente nocivo. Que ocorrerá se o gato tiver um problema com a caixa de areia? Ou pior ainda, se a amputação parcial das garras for o factor que contribui para o problema na caixa de areia? O dono não poderá levar o gatinho ao veterinário para lhe amputar algo que faça desaparecer esse problema, tendo antes de se ocupar do problema, duma forma que esteja em harmonia com as necessidades do gato. Isso implicará alguma paciência, provavelmente alguma improvisação e um pouco de trabalho de detective. O mesmo terá de se passar quando se lida com as unhas. Esse será precisamente o momento em que muitos gatos de garras parcialmente amputadas são entregues a um gatil. Só que nessa altura o gato já não é um gatinho jovem, nem com muitas possibilidades de encontrar um adoptante. Além disso passou a ter o problema da caixa de areia. Já se sabe qual o destino que aguarda tais gatos em gatis municipais... Então, o gato não será “mais feliz” por ter ficado sem unhas. A solução para este quebra-cabeças é em primeiro lugar começar com uma aproximação mais pacífica e melhor informada do problema das unhas Estratégias respeitadoras dos gatos, quanto às unhas O primeiro passo para se ocupar do problema das unhas duma forma humana é esquecer-se da sua ablação. Comprometa-se a preservar as unhas do seu gato. Se já o fez, começou bem. Desenvolva agora uma estratégia com 3 objectivos: Proporcionar os meios para as necessidades de arranhar que o gato tem. Converter os móveis e as pernas, em superfícies desagradáveis de arranhar. Opcionalmente, reduzir os danos das arranhadelas, cortando as unhas, ou usando fita-gomada de 2 faces nas zonas em risco. Existe um crescente número de ferramentas, técnicas e grupos de apoio que podem ajudá-lo a conseguir estes objectivos. Oferece-se aqui um breve análise, mas recomenda-se vivamente a compra de um bom livro acerca dos cuidados dos gatos, para aprender tudo sobre o modo de lidar com as unhas e que respeitem os gatos. “The New Natural Cat” de Anita Fazier e “Think Like a Cat” de Pam Johnson-Bennet são 2 dos meus favoritos: cada um deles dedica um capítulo inteiro às unhas. Além disso, na Internet há um número importante de boas páginas acerca de como tratar e coexistir pacificamente com as unhas dos gatos (ver o capítulo “Recursos”) 1.) Arranhadores Os postes arranhadores são a base, no sentido literal e figurado, de toda a estratégia de ocupação do problema das unhas. Nunca é demais sublinhar a importância dos arranhadores. Não se limite a ir a uma loja de animais, comprar um arranhador e soltá-lo em sua casa. Isso não irá funcionar. Em vez disso, construa um ambiente cómodo e bem pensado para os arranhamentos, seguindo os conselhos que surgem mais adiante. O seu gato agradecer-lhe-á várias vezes ao dia. 1.1) Tipos de Arranhadores Todas as casas com gato devem ter ao menos um poste arranhador vertical clássico. Eis o que deverá procurar: um poste robusto, com uma base grande e/ou pesada; deverá ter pelo menos 70 cm de altura, para que o gato se possa estender completamente, prendendo as unhas bem alto no poste; a superfície de arranhamento deverá possibilitar uma boa resistência, para que as unhas se possam cravar bem nele. A corda de sisal, a madeira em bruto, ou um tapete firmemente tecido são boas opções. Com efeito, o melhor material são todos os anteriores; a maioria dos gatos adora cravar as unhas numa variedade de texturas. Uma “árvore para gatos” do chão ao tecto, com vários níveis, é mais do que um poste arranhador, é um pátio de recreio todo o terreno para gatos. Será caro, mas dura 10 anos ou mais, rentabilizando o seu preço ao melhorar a saúde dos gatos e proporcionando mais diversão a todos. É uma grande prenda de anos, ou aniversário de adopção. Para a minha carteira, não há melhor investimento que um arranhador de cartão. É impossível ter demais. Compre 3 em qualquer loja de animais, esfregue um pouco de erva gateira neles, sente-se e observe como o seu gato se diverte. Quantos mais instalar, mais divertido. Coloque-os em todo o lado. “Grátis” não seria um mau preço para um poste arranhador eficiente. Um braço de arvore é o poste arranhador mais antigo que há, funcionando tão bem como sempre. Um pedaço de madeira ou a parte de trás de um tapete velho são perfeitamente aceitáveis como arranhadores: o seu gato confirma-lo-á. Também poderá fazer você mesmo um arranhador de cartão com caixas de cartão canelado; tudo o que necessita é de uma tesoura e de um pouco de tempo livre (podendo-o até fazer enquanto vir televisão). Se tem jeito com madeiras, poderá construir postes magníficos por uma pequena fracção do custo por que estão à venda. 1.2.) Situação Os gatos preferem arranhar sobre algo que esteja à mão, não a 2 salas de distância. Distribua arranhadores com profusão nos lugares onde os seus gatos passam mais tempo. Os gatos gostam de arranhar quando fazem a sua entrada triunfal numa divisão da casa, pelo que deve colocar arranhadores nas áreas de transição entre uma e outra sala. Se o seu gato já começou a arranhar o sofá, coloque um poste arranhador mesmo em frente ao lugar onde arranha, cobrindo temporariamente o sofá com uma manta ou fita adesiva de 2 faces. O poste deve ser robusto, alto e ter uma textura rala como a do sofá, por forma a ser um sério competidor face à do verdadeiro sofá. Logo que o seu gato começar a usar o poste com regularidade, poderá começar a mover lentamente (uns poucos centímetros por dia) o poste para a sua localização definitiva (ou deixá-lo onde está). Se o seu gato ignorar um arranhador perfeitamente adequado, mova-o meio-metro; às vezes, por razões que só o seu gato conhecerá, tal distância fará toda a diferença. A diversidade dos gatos nunca deixa de nos surpreender. O seu gato pode ter o seu próprio estilo de arranhar, podendo preferir um poste coberto de tapete felpudo colocado no sítio mais peregrino. Às vezes é necessário ser intuitivo. Utilize estímulos para fazer com que os seus postes se tornem mais atractivos: espalhe alguma erva-gateira por cima; esconda um jogo na parte de cima; arranhe com as suas próprias unhas dizendo “vamos arranhar!”. 2.) Cobertores (ou Capa) É impressionante a frequência com que se passa por cima desta técnica incrivelmente efectiva e de baixo custo. Cubra os móveis para que o seu gato não os possa arranhar. É quase demasiado fácil. 3.) Cortar as unhas Cortar a ponta das unhas dos gatos elimina a borda afiada, reduzindo enormemente qualquer dano por arranhamento, mas permitindo que o gato siga sendo um gato. Os gatinhos acostumam-se a que se lhes corte as unhas com muita facilidade. Com os gatos adultos, há que trabalhar um pouco mais para o conseguir. A maioria das lojas de animais vendem corta-unhas especiais para gatos. Vários livros e páginas na Internet contém instruções detalhadas acerca de como cortar as unhas a um gato; leia-as antes de tentá-lo em casa. Também poderá delegar a tarefa ao veterinário ou a um tosquiador felino. 4.) SoftPaws Tratam-se de umas capas de vinil que se encaixam nas unhas dos gatos. Duram umas 4 a 6 semanas e são fáceis de substituir. Salvam milhares de gatos na América de ficarem sem garras, além de os por charmosos. 5.) Dissuasão Converta o sofá, o armário e os seus braços em superfícies desagradáveis de arranhar do ponto de vista do gato. Não se deve recorrer unicamente à dissuasão como estratégia para lidar com o problema das unhas. Deve combinar-se com a adaptação. O ponto principal da estratégia é adequar as necessidades de arranhamento do gato e não inibi-las. Nem todas as tácticas dissuasórias funcionam com todos os gatos. Um gato pode sobressaltar-se com uma pistola de água, outro pode ignorá-la e outro pode ficar traumatizado por ela. Se experimentar uma táctica dissuasória e esta não se mostrar efectiva, ou assustar o gato, então não a use. Assegure-se que o seu gato associa a táctica dissuasória com a acção de arranhar e não consigo. Se ele se der conta de que é você que o está a salpicar com água, poderá ficar com medo de si ou aborrecer-se consigo, ora não é isso o que você quer. Seja coerente. Se não quer que o seu gato arranhe o sofá, não lhe dê sinais contraditórios, permitindo-lhe arranhá-lo às vezes. Algumas tácticas dissuasórias incluem: pistolas de água, fitas adesivas de dupla face, dizer “não” em tom moderadamente alto, dizer “és um gato mau”, dar palmas, e o truque das moedas nas latas de refrigerantes (coloque umas moedas numa lata de refrigerante vazia, feche-a com fita adesiva e coloque a lata instavelmente na borda do sofá – quando o gatinho saltar para o sofá, a lata cairá ao chão, fazendo um forte ruído) 6.) Jogar com senso comum Não utilize a sua mão como um brinquedo; estaria a enviar uma mensagem confusa ao seu gato, convidando-o a arranhá-la. Utilize brinquedos que permitam que o gato os arranhe com toda a gana... mas a uma distância prudente de si. Se tem um gato que para brincar usa as unhas, Anita Frazier recomenda: “Mantenha-se quieto e relaxado, desenganche-se das unhas empurrando as patas para a frente e nunca para trás. Imediatamente depois, afaste o gato para longe de si, de forma amável mas firme, dirigindo-lhe palavras de profunda decepção. Não se ponha de modo algum nervoso, nem levante a voz; deverá controlar o mais possível as suas emoções. Ignore então o gato durante 3 minutos” (in “The New Natural Cat”). Este modo de lidar com o problema pode parecer simplista, mas terá êxitos garantidos ao usá-lo. 7.) Tolerância A tolerância faz, com efeito, parte da estratégia humana para lidar com o problema das unhas. Há que ser realista quanto ao facto de se viver com um animal. O seu gato toma decisões e comete erros, reage ao medo ou põe-se nervoso quando se apercebe de um perigo, tal como com qualquer pessoa. Por vezes é caprichoso; isso faz parte do seu encanto. Tem uma necessidade inalienável de arranhar; não pode evitá-lo. Aceite como facto inevitável que o seu gato por vezes arranhe “fora de seus limites”. Não o desmereça permanentemente por fazer isso. Compreenda os motivos do seu gato em usar as unhas. Aplique remédios humanos e razoáveis para as infracções de arranhamentos. Seja compassivo. Permita a conservação dos seus dedos. Parte da responsabilidade de ser bom cuidador do seu gato, é ser tolerante com os seus comportamentos inatos e naturais. As unhas: Parte integrante do gato completo Todos os gatos nascem com unhas. Os gatos desfrutam do facto de ter unhas; nem um só gato que tenha unhas decide deixar de utilizá-las sequer durante um dia. Todos os gatos estão a favor de conservar as suas unhas. Devemos respeitar isso. As unhas são parte integrante da vida diária dos gatos. Eles usam as unhas para dezenas de tarefas, sendo arranhar a mais importante. Os gatos necessitam arranhar todos os dias e necessitam de umas unhas para o fazer. As unhas retracteis dos gatos não são apêndices externos. São parte da estrutura basilar do gato e, os músculos e tendões que as sustêm, são parte da sua anatomia básica. Por outras palavras, as unhas são parte do equipamento padrão dum gato completo. Os gatos não podem falar, mas podem sem sombra de dúvidas comunicar. Cada vez que um gato dá um passo e caminha sobre toda a sua garra, incluindo a última articulação, é uma indicação de que prefere ter a garra completa, não apenas parte dela. Cada vez que um gato se estica até à parte mais alta do seu arranhador, estende as unhas e faz esse ruído tão alegre, está-nos a dizer que gosta das suas unhas. Nenhum gato deveria ver-se privado dumas ferramentas tão admiravelmente desenhadas e versáteis. Encha a sua casa de postes arranhadores e superfícies onde arranhar. Utilize quando for necessário cobertores para os móveis, tesouras corta-unhas e tácticas dissuasórias suaves, para lidar de forma humana com as unhas do seu gato. Aprenda por si mesmo, pesquisando informação em “sites” da Internet e em fóruns de discussão. Elogie o seu gato com entusiasmo ao usar o poste arranhador. Admire os seus fortes ombros e costas, que se mantêm em forma graças aos exercícios diários de arranhamento. Desfrute vendo o seu gato desfrutando as suas unhas. Tomando Iniciativa Um grupo que ajuda a educar os donos dos gatos e reduzir o número de ablações das unhas está em http://www.declaw.com. É um endereço criado recentemente por veterinários que nunca, ou quase nunca arrancam as unhas. Estes últimos só realizam a cirurgia sob coacção, depois de terem falhado repetidas tentativas de convencer um cliente a não arrancar as unhas ao seu gato e se tenha penosamente verificado que o cliente o fará em qualquer lado, apesar de informado de todos os riscos e alternativas. Todos os veterinários de www.declaw.com estão inamovivelmente contra a ablação das unhas; nenhum a efectua como procedimento de rotina, incluído como parte de um programa de esterilização. Os objectivos principais deste endereço, são ajudar os donos que estão a favor da conservação das unhas a localizar um veterinário com a mesma opinião e redireccionar os donos de gatos em geral, para clínicas veterinárias que não amputarão os dedos dos seus gatos. É possível propor a veterinários a sua inclusão na lista. Uma visão que mudou o meu ponto de vista (por Angela Kessler) “Eu pensava que não havia mal na ablação das unhas a um gato, caso fosse necessário (claro que também pensava que apenas se tratava de lhes “tirar as unhas dos dedos”, não tinha ideia nenhuma que se tratava de lhes amputar parte dos dedos!). Além disso, eu tinha uma gata que lhe tinham arrancado as unhas, antes de começar a fazer parte da minha vida e, não parecia sofrer de nenhum sintoma visivelmente negativo. Sabia também que os gatos recuperam rapidamente da castração, com pouca incomodidade, pelo que pensei que a ablação das unhas devia ser algo de parecido. Em Dezembro passado descobri quanto enganada tinha estado. Quando operaram o meu gato ao estômago, tendo que se manter várias noites no hospital veterinário, fui visitá-lo. O gato da jaula ao lado tinha acabado de ser sujeito à ablação das unhas. Encontrava-se num estado de óbvia agonia, miando lastimosamente com grande dor e revirando-se em toda a jaula. Tinha as patas dianteiras firmemente envolvidas em ligaduras, mas o sangue escorria através delas. Tinham colocado uma toalha branca no chão da jaula, e o gato deixava sangrentas pegadas sobre ela. Gostaria de deixar uma fotografia dessa imagem a quem quer que esteja a pensar em extrair as unhas a um gato, pois ela está gravada a fogo na minha mente para sempre e sei que jamais a esquecerei, por muito que tente. Agora sei que nunca pedirei para a ablação das unhas a um gato e, sinceramente creio que qualquer dono de gato que se preocupe com ele, reavaliará a importância relativa de ter os móveis livres de arranhadelas, ou a suposta maçada das estratégias humanas para cuidar das unhas, se realmente compreender a dor infligida pela sua ablação. Há muitas outras razões para não lhes serem arrancadas as unhas, mas esta para mim é suficiente.” | |||
- Caneco (Antonio B.) [ Europe/Lisbon ] 2004/02/23 11:55 |