O tatu é um animal que pertence à fauna do cerrado brasileiro. De hábitos noturnos, permanece na toca, que abre com suas poderosas unhas, durante todo o dia, e somente à noite anda pelos cerrados. Alimenta-se de raízes, folhas, pequenos vertebrados, insetos, vermes, cobras, rãs e ovos de aves que encontra no chão. Já o tatu-peba come até mesmo carne em putrefação, devorando grandes animais mortos e armazenando o restante na toca. No mundo existem 21 espécies desse mamífero e, só no Brasil já foram catalogadas onze espécies, distribuídas em seis gêneros. No estado de Goiás, destacam-se o tatu-bola ou tatu-apara, o tatu-de-rabo-mole e o tatu-canastra, o maior do mundo e hoje considerado animal a caminho da extinção pelo IBAMA. Uma das causas do desaparecimento do canastra é atribuída a uma lenda do sertão que diz que um indivíduo que enxerga um canastra de dia terá uma grande transformação em sua vida: fica rico ou morre dentro de um ano. Assim, é ensinado pelos mais velhos que ao se ver o canastra é preciso matá-lo para ficar só com a parte de enricar. Mas, na verdade, é apenas uma lenda e não deve ser levada em conta.
Fonte (foto e texto adaptado):
Revista Cerrado – 1995
Wagner José de Oliveira Rolim e Sidney Dutra Corrêa
Universidade Federal de Goiás (Instituto de Ciências Humanas e Letras – Departamento de Comunicação Social)
Gráfica e Editora Bandeirante Ltda