Em 1952 a espécie foi reintroduzida com sucesso na Escócia, onde se extinguira no século X. Há oito subespécies de rena reconhecidas, que correspondem às populações de diferentes áreas.
A rena apresenta dimorfismo sexual, sendo os machos de até 300 kg bastante maiores que as fêmeas. Ambos os sexos têm galhadas, que são mais elaboradas nos machos. As principais fontes de alimentação das renas são bambus, folhas de sempre-vivas, ervas rasteiras e principalmente líquenes. Este animais podem, no entanto, comer também pequenos pássaros e ovos. A rena tem dentes frontais apenas no maxilar inferior.
Sazonalmente, migra grandes distâncias para parir as crias. Também pode nadar. Possui pernas compridas, com cascos afiados e patas peludas que garantem a tração sobre terrenos congelados. Geralmente, a rena é silenciosa, mas seus tendões produzem ruídos secos e agudos que podem ser ouvidos a grandes distâncias quando viaja em grandes grupos.
Predação e outras ameaçasA rena é bastante importante na economia das populações nativas do Ártico como os povos inuit e os habitantes da Lapónia. Estes povos domesticaram a rena como fonte de alimento e de peles e animal de tração. Para além das manadas domésticas, as renas são também caçadas nalguns locais pelos mesmos motivos.
Renas naturalizadas no hemisfério sulOcorreu que algumas renas naturais da Noruega foram introduzidas na ilha de Geórgia do Sul, no Atlântico Sul, por volta do início do século vinte, quando pescadores noruegueses ali haviam conduzido suas operações baleeiras.
Atualmente existem dois grupos distintos destes animais naturalizados nesta ilha, porém estes dois rebanhos estão permanentemente separados por montanhas. Seu número total não passa de umas duas ou três mil cabeças. (A bandeira e o brasão das Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, que juntas formam um dos territórios oficiais do Reino Unido, possuem uma imagem de um destes veados rangíferos bem em seu topo).
Igualmente, a espécie R. tarandus também foi introduzida, em 1950, em algumas ilhas do arquipélago de Ilhas Kerguelen, um minúsculo território ultramarino da França, localizado bem afastado em meio ao Atlântico Sul, entre o sul da África, a Austrália e a Antártida. Após algum tempo, todos os animais existentes no arquipélago migraram para a sua ilha principal, que é bem maior do que todas as outras.
A presença do R. tarandus é considerada problemática pois é uma das piores pragas introduzidas por causa de sua agressiva interferência na ecologia natural da ilha. A ilha é constantemente batida por ventos fortes e gélidos e possui uma fauna e uma flora bastante especializada e vulnerável; há um número baixíssimo de habitantes humanos que permanecem na ilha. Neste contexto, as renas da ilha são caçadas pelos habitante locais.
Ambas estas populações do Hemisfério Sul (da Geórgia do Sul e de Ilhas Kerguelen) vêm sendo objeto de observações e de pesquisas científicas já desde antes da virada do milênio.
As renas no folclore