PIF - PERITONITE INFECCIOSA FELINA
Animais

PIF - PERITONITE INFECCIOSA FELINA





A diferença entre infecções recorrentes e persistentes. Os vírus podem ser mantidas numa população, quer por transferência de animal para animal, ou pela presença prolongada no organismo de um indivíduo. À medida que aprendemos mais sobre o vírus, a infecção persistente parece ser a regra e não a exceção - e isso também ocorre em coronavírus felinos.( Fonte: www.vetscite.org)(img gato:Hannah Dewerchin, Ghent University)
Obs: Este post tem como base (em preto) o artigo da Provet, complementado (em cinza) por outras fontes
PIF - PERITONITE INFECCIOSA FELINA

Peritonite infecciosa felina (FIP) é uma doença viral de gatos que ocorre em todo o mundo e é quase sempre uma doença fatal.

Por: Dra. Claudia Veronica Calamari - Médica Veterinária, MSc, PhD - Colaboração: M.V. Ricardo Duarte Lopes Especialidades relacionadas: Laboratório Clínico, Ultrassonografia
Provet

O que é a PIF

A peritonite infecciosa felina (PIF) é uma doença viral, de caráter imunomediado, causada por uma variante mutante do coronavírus entérico felino (RNA vírus), que acomete os gatos domésticos e felinos selvagens como leões e leopardos. O agente é sensível a detergentes e desinfetantes comuns e resiste no ambiente por semanas. Pode ser transmitido por via transplacentária ou através do contato direto e contínuo de secreções orais e respiratórias. A eliminação do vírus se dá pela saliva, urina e fezes.

Alguns fatores são predisponentes como:

- faixa etária (animais de 6 meses a 2 anos de idade e gatos idosos);
- predisposição racial (persa, abssínio, bengal, birmanês, himalaio);
- superpopulação em gatis e abrigos;
- desnutrição;
- doenças infecciosas crônicas e concomitantes como FeLV e FIV;
- o uso de fármacos imunossupressores.

O período de incubação é indeterminado podendo ser de semanas a meses.
Por se tratar de uma doença imunomediada, o animal infectado pode desenvolver a doença quando possuir uma imunidade celular parcial (PIF seca) ou fraca (PIF efusiva).

Sintomas

A maioria dos gatos infectados não apresentam sintomas óbvios, mas na verdade o vírus permanece no corpo e se desenvolve. Ao entrar em contacto, o vírus começa a crescer na garganta e intestino dos gatos. Em seguida, passar para os pulmões, o estômago e os intestinos se espalham por toda parte. Cerca de 1-10 dias depois, o vírus é capaz de se espalhar para outros gatos.

Durante a infecção, os sintomas podem incluir espirros, olhos lacrimejantes, muco nasal excessivo, diarréia, perda de peso, fraqueza e letargia. Os sintomas que podem ocorrer também são vagos, tais como: perda de apetite, depressão, cabelo áspero e febre.(
www.kucingkita.com)


Gato com peritonite infecciosa felina, mostrando um abdômen distendido devido ao acúmulo de líquido. Gatos de raça pura (como este) Sphynx parece ser afetada mais comumente pela doença. (img:Cortesia de Hannah Dewerchin, Universidade de Ghent/
itcare.org)
Na PIF efusiva (úmida)

Esta é a forma mais grave da doença, em que muitos vasos sanguíneos são gravemente danificados e há acúmulo de líquido no abdômen e no tórax. Quando os vasos sanguíneos do abdômen são afetados, a barriga do gato incha devido à acumulação de líquido (ascite).Quando são afetados os vasos sanguíneos do tórax, dá-se uma acumulação de líquido no peito, que impede os pulmões de se expandir e dificultam a respiração do gato. (
www.gatopedia.tripod.com)
A evolução ocorre de 2 a 6 semanas após o aparecimento dos sintomas que incluem:
- febre, apatia e anorexia;
- aumento do volume abdominal (ascite);
- efusão torácica e/ou pericárdica;
- dispnéia, taquipnéia e cianose;
- perda de peso;
-
icterícia; (cor amarela da pele e mucosas)

-
linfoadenomegalia mesentérica.

Na PIF não efusiva (seca )

Es a forma mais crônica da doença. O gato normalmente tem sintomas vagos, tais como falta de apetite, perda de peso, pelagem com pouco brilho. Muitos gatos com PIF seca tornam-se ictéricos. Quando se olha para as pálpebras, estão amarelas.

Se o nariz do gato é claro, também ele fica amarelo. Em muitos casos, aparecem marcas nos olhos, geralmente na íris (a parte colorida do olho, em torno da pupila) muda de cor e algumas partes podem ficar castanhas.       

Pode haver sangramento dentro do olho, ou aparecimento de depósitos brancos na córnea (a membrana transparente na superfície anterior do globo ocular).

Cerca de 12% dos gatos com PIF não-efusiva desenvolvem sintomas neurológicos: ataxia (desequilíbrio, descoordenação motora), podendo ter também tremores de cabeça, convulsões, o olhar pode deslocar-se em direcções diferentes sem focarem um ponto definido.No entanto, todos esses sintomas podem ser causados por outras doenças, por vezes com cura,e, por essa razão, é essencial efetuar um diagnóstico rigoroso.(
www.gatopedia.tripod.com)
Já na forma não efusiva (seca) a evolução da doença é lenta e os sintomas são:

- febre, apatia e anorexia;
- perda de peso;
-
uveíte;
- icterícia;(cor amarela da pele e mucosas)
-
linfoadenomegalia;
- alterações no sistema nervoso central (SNC).

Diagnóstico

O presunção diagnóstica baseia-se nos:

 - sintomas
 - histórico
- nos achados clínicos e laboratoriais.

O diagnóstico definitivo só pode ser feita através da análise histopatológica e/ou imunohistoquímica de tecido do animal acometido.

Exames que podem auxiliar no diagnóstico da doença:

 - Bioquímica de proteínas totais: em 55% dos casos de PIF efusiva e 70% da seca os animais apresentam proteínas totais > 7,8 g/dL e hiperglobulinemia > 4,6 g/dL das frações alfa, beta e gama. Este teste apresenta baixa sensibilidade e especificidade, podendo ser interpretado e confundido com outras doenças infecciosas e inflamatórias.

- Ultrassonografia abdominal: este exame auxilia na avaliação dos linfonodos e efusão peritoneal, mas não pode ser utilizado como único método diagnóstico para a PIF.

- RX de tórax: avaliação de efusão de tórax e pericárdica.
O Provet possui também o Perfil Derrame Peritoneal que realiza 2 exames: a eletroforese de proteínas séricas e análise citológica de efusão peritoneal ou torácica.

- Análise Citológica de Efusão Peritoneal ou Torácica: na PIF o líquido normalmente possui coloração palha a amarelo citrino, com presença de fibrina, macrófagos e leucócitos, possui uma proteína elevada (em torno de 5 a 8 g/dL) e relação albunima/globulina < 0,81 g/dL.

- Eletroforese de Proteínas séricas: neste teste de triagem os animais com PIF podem apresentar a fração Gama mais elevada em relação às outras proteínas.

- E.L.I.S.A. Cinético (KELA) para diagnóstico de PIF (Coronavírus Felino): Teste padronizado e calibrado por apresentar resultados semelhantes ao teste de Imunofluorescência Indireta (IFA), podendo considerar os títulos Kela “IFA-equivalentes”. Títulos 1:8 são considerados positivos.

O título positivo para PIF não pode ser considerado como forma de diagnóstico definitivo para a doença, pois detecta a presença de anticorpos contra qualquer tipo de coronavirus em geral, devendo o diagnóstico, portanto estar associado a sinais clínicos e outros achados laboratoriais compatíveis com a patologia da doença.

O teste negativo em um gato clinicamente normal pode ser bastante significativo, pois indica que não houve exposição à infecção da PIF, e não há anticorpos contra nenhum dos coronavírus. Uma pequena porcentagem de animais com PIF clínica ou confirmada pela necropsia pode apresentar títulos baixos ou até mesmo negativos. Este fenômeno pode ocorrer pela exaustão do sistema imunológico que não consegue produzir anticorpos em antígenos virais circulantes, não sendo assim detectados.

 A vacinação recente ou episódios de febre podem causar um efeito imunológico secundário mascarando parcialmente a verdadeira titulação de anticorpos. Sugere-se então, a repetição do exame em um período de 6 a 8 semanas para confirmação.

O teste ELISA é realizado através de amostra de soro sangüíneo e seu resultado liberado no prazo máximo de 30 dias.

- Diagnóstico de PCR através do RNAm: esta técnica moderna é altamente sensível e específico, pois também identifica gatos assintomáticos e confirma o diagnóstico de PIF, pois possui a vantagem de ser um marcador da replicação viral na amostra testada (sangue ou efusões cavitárias). Consulte-nos sobre a disponibilidade deste exame.

Prognóstico

Até agora, não há cura para esta doença. O tratamento ainda é de suporte para aliviar os sintomas e diminuir a dor gato. Gato doente podem sobreviver uma semana - 1 ano, dependendo da gravidade da doença e da resposta imune.(
www.kucingkita.com)

Segundo a
Drª Melissa Orr, " Quando a PIF é confirmada ou quando as evidências são convincentes, a eutanásia é a opção mais lógica. A terapêutica secundária é baseada em quimioterapia (predinisolona, ciclofosfamida e outros imunossupressores tem fornecido resposta temporária quando combinados com os cuidados de suporte. Estes agentes não são curativos, eles podem retardar a progressão da doença. O suporte nutricional, fluidoterapia e a remoção dos derrames devem fazer parte de qualquer esforço terapêutico. O prognóstico para os gatos com PIF é grave. Contudo, os gatos sadios e soropositivos para coronavírus não devem sofrer eutanásia, uma vez que poucos deles irão desenvolver a doença." (veterinariadefelinos.blogspot.com.br)
Prevenção

Devido à alta taxa de mortalidade (podendo chegar a 100%), o manejo de gatis com medidas sanitárias adequadas se faz necessário para evitar a disseminação da doença.

Uma boa higiene de gaiolas e equipamentos, estes devem ser lavadas com sabão, detergente ou desinfetante. Os materiais são bastante baratos e eficazes . As caixas de areia devem ser limpas frequentemente. Mantenha a saúde do seu gato com uma boa nutrição . Evite aglomeração de gatos num mesmo ambiente.

A Vacina para FIP foi usado pela primeira vez em 1991 nos EUA. Até agora, a eficácia da vacina ainda é debatida. (
Drh. Neno WS)
*A
Provet está equipada para realizar os exames citados acima

A equipe do Laboratório do
Provet está disponível para esclarecimento de dúvidas junto ao médico veterinário. Qualquer problema ou dúvidas entre em contato conosco. A Provet através do telefone: 3579-1479 disponibiliza o Canal Veterinário Provet, onde você fala com a equipe do laboratório.

Fonte:
Provet

Leitura complementar sugerida:
http://www.dr-addie.com/Portuguese/indexport.html (pesquisas atualizadas)
http://www.anclivepa-mg.com.br/downloads/PIF2009.pdf
http://www.utp.br/medicinaveterinaria/jornadaacademica/PERIT_INFEC.pdf
http://www.scielo.br/pdf/cr/v33n5/17138.pdf
http://www.fmv.utl.pt/spcv/PDF/pdf6_2007/65-70.pdf
http://www.arsveterinaria.org.br/index.php/ars/article/viewFile/38/30
SHERDIING, R.G. Peritonite infecciosa felina. In: BICHARD, S.J.R.; SHERDING, R.G. Manual Saunders: Clínica de Pequenos Animais. 1ª. Ed. São Paulo: Roca, 1998. Cap. 3. P. 105-111.

E mais, fontes complementares utilizadas neste artigo em letra cinza
http://www.gatopedia.tripod.com/id2.html
http://www.kucingkita.com/penyakit-kucing/feline-infectious-peritonitis-fip-radang-selaput-rongga-perut-dada-kucing
http://veterinariadefelinos.blogspot.com.br/
http://www.vetscite.org/issue1/reviews/txt_index_0800.htm
http://www.icatcare.org/advice/cat-health/feline-infectious-peritonitis-fip

A Provet através do telefone: 3579-1479 disponibiliza o Canal Veterinário Provet, onde você fala com a equipe do laboratório.Fonte:
Provet


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DENISE DECHEN (http://dicaspeludas.blogspot.com.br/)

15/01//2014




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