O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE VACINAÇÃO
Animais

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE VACINAÇÃO


Por.( MV Sylvia Angelico)( Trecho extraído do post “Vacinas para cães – afinal, quais e quando aplicar?”)


“Vacinas são muito importantes. Graças a elas, conseguimos reduzir radicalmente as chances de nossos peludos queridos contraírem doenças potencialmente fatais, como as temíveis cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa canina, além da raiva – uma zoonose letal. É, portanto, fundamental que seu cão seja vacinado

O que talvez você – e muita gente no Brasil, incluindo veterinários – ainda não saiba, é que nem todos os cães precisam tomar todas as vacinas que existem (ETTINGER e FELDMAN, 2005; NELSON e COUTO, 2010). 

Que nem todas as vacinas precisam ser aplicadas anualmente (WOLF et al 2010). Que as vacinas foram classificadas por estudiosos em:
  • essenciais ou core (antirrábica, cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa canina e, possivelmente, para o Brasil, leishmaniose visceral canina)
  • opcionais ou non-core (leptospirose, “tosse dos canis”, parainfluenza) e não-recomendadas (giardíase, dermatofitose, coronavirose e adenovirose tipo II) (TIZARD, 2009; ETTINGER e FELDMAN, 2005). 
Que vacinas virais vivas contra as doenças mais perigosas (cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa canina – as essenciais) podem proteger os cães por 9 anos ou mais (DAY, HORZINEK e SCHULTZ, 2010). 

Que a recomendação para reforços vacinais anuais é arbitrária e está defasada cientificamente há pelo menos 10 anos. (Na verdade, até agora não encontramos nenhuma evidência científica recente independente, em nenhum lugar do mundo, que apóie reforços vacinais anuais para todas as vacinas.) 

Observação do DICAS: Existem exames que determinam se o animal está ou não imune a determinada doença. No caso positivo se torna desnecessária a vacina anual. Eles ainda são caros logo não acessível a todos (porem compensam se você tem de arcar com os custos da vacina). Por este motivo no Brasil se mantem as campanhas e indicação da vacinação anual, principalmente contra Raiva e Cinomose. (No caso da Cinomose o que implica é que no nosso país esta vacina vem na forma de V8 ou V10. sendo assim o animal acaba tomando reforço para outros tipos desnecessariamente.)

Finalmente, que a vacinação é um procedimento que não é inócuo. Ela tem potencial de provocar reações adversas imediatas e tardias (MOORE, HOGENESCH, 2010; RASHID et al, 2009; DODDS, 2005).
De fato, inúmeros artigos científicos apontam uma associação entre o excesso de vacinas (que ainda é praticado no Brasil) e o desenvolvimento de inúmeros males crônicos que acometem aos montes os pets de hoje: 
  • processos alérgicos (DODDS, 2005), 
  • doenças auto-imunes (DODDS, 2005; DAY, 2004; MELLAMBY et al, 2004), 
  • tumores (VASCELLARI et al, 2003), 
  • poliartrite (KOHN et al, 2003), 
  • doença renal crônica (NEWMAN et al, 2002), 
  • epilepsia (MEYER, COLES e RICH, 2003) 
  • distúrbios comportamentais (JORDAN, 2010) e muitos outros (NICHOLS, MORRIS, BEALE, 2001; VITALE, GROSS, MAGRO, 1999).
É comum ouvirmos que essas informações não são válidas para a “nossa realidade brasileira”, porque “aqui a pressão de infecção é maior” devido a “muitos animais que jamais foram vacinados e que estão doentes e são contagiosos”. É verdade que a maioria de nossos cães e gatos não é vacinada, lamentavelmente. Mas, de acordo com muitos pesquisadores proeminentes, mesmo nos Estados Unidos – país tido como modelo em matéria de vacinação – apenas 50% dos cães recebem vacinas (DAY, HORZINEK, SCHULTZ, 2010). Basta estudar um pouquinho sobre células de memória para entendermos que, depois de uma série inicial de vacinas bem feita e um reforço (com produto idôneo e bem conservado, aplicado no animal sadio), os cães desenvolvem proteção contra as doenças virais citadas, por muitos e muitos anos (TIZARD, 2009; HORZNEK e THIRY, 2009). Tal como acontece com as vacinas que nós tomamos na infância e adolescência.(extraído do post “Vacinas para cães – afinal, quais e quando aplicar?”)

Click AQUI para ler sobre o protocolo de vacinação e AQUI para mais dúvidas sobre vacinas no site do Mãe de Cachorro .

"Lembrando que animais doentes ou debilitados não devem ser vacinados em hipótese alguma. Você pode piorar o quadro dele e vai desperdiçar dinheiro, já que a vacina não vai ter efeito desejado. É o caso da vacina contra a giárdia: não se pode aplicar a vacina se o cão estiver infectado por Giardia lamblia. 
É interessante também que o animal esteja desverminado ao receber a vacina. O ataque de vermes desvia a atenção do sistema imunológico, ou seja, a vacina será mais eficaz sem vermes.
Animais adultos que nunca receberam vacinação serão vacinados com apenas duas doses com intervalo de 21 a 30 dias e uma de anti-rábica.
Vacina contra giárdia e tosse dos canis são vacinas opcionais. Não são doenças tão graves a ponto de causar morte. É apenas o caso do melhor prevenir do que remediar. Mas são doenças facilmente tratáveis. Portanto, cabe ao proprietário decidir se vai aplicar ou não.
Fêmeas gestantes podem ser vacinadas? 
O ideal mesmo é vacinar antes da gestação, já que reações podem ocorrer com a inoculação de qualquer agente no organismo e podem causar algum dano para os filhotes. Mas se for necessário, procure evitar a vacina no terço final da gestação, quanto mais no início, melhor.
Vacina nacional ou importada? 
Sem sombra de dúvida, a importada é bem melhor. É fato que o custo da nacional é menor. Entretanto o que percebo é que quando vejo um animal doente com alguma virose evitável por vacina, pesquiso a carteirinha de vacinação e em 90% dos casos lá está a vacina nacional. Mas se de tudo a grana estiver muito curta, a nacional é melhor do que nada, né!"
(trecho retirado de:ASPAAN- por MV Lívia Fernanda de OliveiraCRMV 3186)

A MV Sylvia Angelico no Site Cachorro Verde também faz mais algumas observações:

- Não vacine filhotes desnutridos, intensamente parasitados por vermes intestinais, doentes ou com menos de 50 dias de vida. Trate-os e vacine quando estiverem bem.

- A partir dos 4 meses de idade o filhote não apresenta mais anticorpos maternos circulantes, o que resulta em uma eficácia de proteção vacinal superior a 98%.

- Em condições ideais, procure vacinar o filhote a partir dos 60 dias de vida, para minimizar riscos de reações adversas.

- Se possível, ao invés de levar o filhotinho à clínica para ser vacinado, peça ao veterinário que venha atendê-lo em domicílio. Isso reduz as chances de que ele se infecte no consultório.

- Se possível, evite aplicar a vacina V10 em um filhote tão novinho. Ele não tem condições de montar uma resposta imune adequada para tantos antígenos – as doenças mais importantes são a parvovirose e a cinomose – e a V10 tem maior potencial de provocar reações adversas imediatas ou tardias, devido principalmente à presença de quatro leptospiras.

- As vacinas mais seguras, em ordem de segurança, para a 1ª imunização, são: V2, V6 e V8.

- Mantenha o filhote dentro de casa e só permita que ele entre em contato com animais devidamente vacinados.

- Se possível, não aplique a vacina antirrábica junto com a V6 ou V8. Dê um intervalo de pelo menos 30 dias. A aplicação de várias vacinas simultaneamente pode exigir muito do organismo e aumenta os riscos de ocorrerem reações adversas imediatas e/ou tardias. A raiva não é uma preocupação para cães que vivem nas cidades. É perfeitamente possível aguardar um pouquinho mais e realizar a aplicação aos 5 ou 6 meses, por exemplo.

- As vacinas contra giardíase e contra dermatofitose (micose) são consideradas “não-recomendadas” nos Estados Unidos, Europa, Canadá e Oceania (DAY, HORZINEK, SCHULTZ, 2010). Essas doenças geralmente são brandas e têm tratamento eficaz. Além disso, trabalhos científicos independentes mostraram que as vacinas contra giardíase e dermatofitose não são eficientes e protegem os cães por pouco tempo (até 1 ano).

- A vacina contra “tosse dos canis” é considerada opcional por pesquisadores de Imunologia Veterinária em todo o mundo (DAY, HORZINEK, SCHULTZ, 2010). Pode ser interessante para cães que vivem em ambientes repletos de cães ou que frequentam exposições ou provas esportivas caninas. Tem eficácia moderada, já que freqüentemente os microrganismos causadores da “tosse” não são aqueles contidos na vacina. A doença tem tratamento e, em geral, tem bom prognóstico. A vacina protege por no máximo 1 ano.

- A partir dos 4 meses de idade, seu filhote pode começar a receber as três doses da vacina que protege contra a Leishmaniose Visceral Canina, que deve ser aplicada em intervalos de 21 dias. Converse com o veterinário de sua confiança e se informe sobre essa vacina.


Do DICAS:

  • Evite dar banho no seu animal nos dias próximos ou pós vacinação, pode baixar a imunidade.  
  • Após ser vacinado, deixe-o de repouso, evite brincadeiras agitadas e passeios longos. 
  • Mantenha-o aquecido (se mora em local frio) 
  • Ao resgatar um animal, de vermifugo, cuide de sua saúde (feridas/parasitas/infecções), alimente-o bem. E só depois de estar bem saudável de as vacinas. Mas não deixe de vacina-lo! 
  • Esteja SEMPRE presente no momento da vacinação e observe:
-A agulha é descartável?
-A data de validade da vacina está OK?


E atenção ! Este post não afirma que não é para você não vacinar seu animal, mas sim que a vacinação deve ser pontual e personalizada para cada animal. A sugestão é que antes da  vacina ser repetida anualmente , se faça o exame para confirmar a sua real necessidade. Caso contrario, vacine-o, pois com doenças como a Cinomose, Raiva, Hepatite Infecciosa Canina, e Parvovirose, não se brinca!
    SEMPRE CONVERSE, QUESTIONE, TIRE TODAS AS SUAS DÚVIDAS COM SEU MÉDICO VETERINÁRIO DE CONFIANÇA.

    Fontes pesquisadas:
    http://www.cachorroverde.com.br/index.php/vacinas-para-caes-afinal-quais-e-quando-aplicar/
    http://www.maedecachorro.com.br/category/vacinacao
    http://www.aspaan.org.br/?g_id=15&id=24

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    DENISE DECHEN (http://dicaspeludas.blogspot.com.br/) 




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