Animais
Cientistas identificam três novas espécies de sapos na Colômbia
Uma expedição de conservacionistas que procuravam uma espécie de sapo tida como extinta acabou descobrindo três novas espécies de anfíbios. Os animais, nunca antes identificados, foram encontrados na Colômbia. Entre eles, está um sapo que produz veneno e um outro que tem olhos vermelhos.
Os animais identificados na expedição tendem a ser mais ativos durante o dia, um comportamento raro entre anfíbios. No entanto, os mesmos cientistas falharam em localizar a espécie que procuravam: o sapo da Mesopotâmia (Rhinella rostrata), que teria sido visto pela última vez em 1914.
Olhos vermelhos
O sapo de olhos vermelhos, com comprimento entre 3 e 4 cm, encontrado a uma altitude de 2 mil m, deixou os cientistas - que trabalham para a entidade americana Conservation International - particularmente fascinados. "Nunca vi um sapo com olhos de um vermelho tão vibrante", disse Robin Moore, o líder da expedição. "Este traço é pouco comum entre anfíbios e a descoberta oferece uma oportunidade incrível para aprendermos mais sobre como e por que ele evoluiu desta maneira".
Comparado a vilão dos "Simpsons", sapo não passa por fase de girino Os especialistas acreditam que talvez ele não tenha sido identificado antes porque a espécie não passa por esta fase, produzindo, em vez deles, pequenos sapos que se assemelham a folhas caídas no solo da floresta onde vivem. A terceira nova espécie é de um sapo que produz veneno - embora ele não seja tão venenoso como muitos de seus parentes.
Busca por animais "perdidos"
A expedição em busca dos anfíbios, coordenada pela Conservation International em parceria com a entidade International Union for the Conservation of Nature, começou em agosto. Segundo seus idealizadores, esta foi a primeira tentativa coordenada de procurar por espécies tidas como extintas.
Como parte do projeto, foram organizadas expedições em 19 países em busca de cem espécies perdidas. Até agora, três foram encontradas: a salamandra mexicana, que não foi vista desde sua descoberta, em 1941, um sapo da Costa do Marfim, observado pela última vez em 1967, e outro sapo, da República Democrática do Congo, que não foi visto desde 1979. Apesar das descobertas e redescobertas, a equipe enfatizou que, de maneira geral, as perspectivas para a população de anfíbios do planeta são ruins.
O sapo colombiano produz veneno, embora não seja muito perigoso. As outras espécies que estão sendo procuradas pelas expedições continuam desaparecidas, o que sugere que estejam de fato extintas.
E a última Red List of Threatened Species, ou "Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas", divulgada durante a última cúpula da biodiversidade, em outubro, colocou 41% dos anfíbios na lista de perigo. Segundo os cientistas, as condições que ameaçam os anfíbios do planeta continuam a se intensificar.
Fonte: Notícias Terra
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