No último fim de semana, mais uma vez nossos amigos peludos viraram manchete, e não da forma que gostaríamos, por atos de amor, heroísmo, ou pura fofura; mas por conta de um ataque aparentemente “inexplicável” de um cão à própria dona.
No depoimento da dona vemos tristeza e surpresa, mas acima de tudo desinformação. Desinformação essa que é muito comum, mas infelizmente muitas vezes perigosa. A moça já foi mordida, o cachorro sacrificado, então não poderemos ajudá-los, mas podemos tentar que essa história trágica, mas tão comum, sendo entendida possa ajudar outras pessoas e outros cães a não passarem pela mesma coisa.
Vamos aos fatos:
Em entrevista a um portal de notícias, a jovem contou que adquiriu o cachorro, um pitbull, macho, hoje com 4 anos, quando ele era filhote. “O nome dele era Heros”, “ele era dócil e carinhoso”, afirmou. Ela foi atacada quando tentava levar o cachorro de volta para casa: “Ele escapou para ir atrás de uma cachorrinha do vizinho que está no cio. Quando tentei pegar ele no colo, ele estava de costas e acho que não me viu, ou não reconheceu o meu cheiro e me atacou”, afirma a dona. O vizinho que a socorreu diz que “viu o animal latir e rosnar para a dona e depois atacá-la”. No final da entrevista a dona volta a dizer: “Ele nunca teve nenhuma ação agressiva e nunca atacou ninguém. Não sei o que aconteceu”.
Pois é, a maioria das pessoas nunca sabe o que aconteceu quando seu cachorro, normalmente bonzinho, fica agressivo. O que temos que nos conscientizar, é que cães são seres vivos, cheios de vida, instintos e impulsos, que variam de acordo com a idade e as circunstâncias em que se encontram. É injusto querer que sejam robozinhos programáveis, que agirão sempre da mesma forma.
Provavelmente esse cachorro era realmente um bom cão, carinhoso e alegre, mas era acima de tudo um macho adulto, inteiro, e que, aos 4 anos de idade estava no auge de sua força e forma física, tinha fugido de casa atrás de uma fêmea no cio, e não estava disposto a desistir dela facilmente. Ele agiu como a maioria dos cães nesta mesma situação agiria, mas por conta de seu tamanho e força, as consequências foram maiores do que normalmente são. Quantos poodles e pinchers mordem seus donos todos os dias, aliás, por motivos bem menos justificáveis… só que ninguém fica sabendo…
O mais triste para mim é que tudo isso poderia ter sido facilmente evitado. Bastava que o finado Heros (ironicamente morto quando tentava cruzar …) tivesse sido castrado logo após o fim de suas vacinas de filhote, como é de praxe na maioria dos países europeus e nos EUA, mas ainda não em solo verde e amarelo. O mesmo vale para a cadelinha do vizinho, coadjuvante involuntária desta tragédia. Como bons latinos, os brasileiros ainda se arrepiam ao se falar em castração, principalmente dos machos (apesar da cirurgia da fêmea ser bem mais complicada), e não vêem, que por conta de seu preconceito e desinformação quem sofre são os cães.
No último fim de semana, mais uma vez nossos amigos peludos viraram manchete, e não da forma que gostaríamos, por atos de amor, heroísmo, ou pura fofura; mas por conta de um ataque aparentemente “inexplicável” de um cão à própria dona. Tenho certeza que o Heros preferiria nunca ter tido vontade de fugir, nem de cruzar, muito menos de afugentar sua dona que tentava impedi- lo. Mas ele não pode fazer esta escolha, afinal, era apenas um cachorro, que como todos, precisava que seu dono tivesse escolhido o melhor para ele.
Por Daniela Prado que a 15 anos trabalha com Consultoria Comportamental e Treinamento de CãesFonte:https://www.facebook.com/notes/daniela-prado/apenas-um-cachorro-meu-post-da-semana-no-blog-da-veja-rio/222489517799430
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DENISE DECHEN (http://dicaspeludas.blogspot.com.br/)
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