PÊNFIGO FOLIÁCEO- "FOGO SELVAGEM"
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PÊNFIGO FOLIÁCEO- "FOGO SELVAGEM"


Texto retirado do Blog imunovet5
Pênfigo Foliáceo - "Fogo Selvagem"
Esta é uma dermatose auto imune, onde as células de defesa do organismo atacam tecidos normais do organismo, causando doenças.

O pênfigo é dividido em:

 - eritematoso
Pênfigo eritematoso tem lesões entre aqueles de pênfigo foliáceo e pênfigo vulgar. As lesões estão confinadas ao rosto e orelhas.(http://www.kosvi.com/    )
Pênfigo eritematoso 
- vulgar (considerado o mais grave)
Pênfigo vulgarA aparência exacta da doença varia, mas a inflamação é geralmente caracterizada por vermelhidão e alterações na textura dos tecidos.As lesões podem ser vistos nos lábios, gengivas, língua, ou de trás da boca. Lesões orais estão presentes em aproximadamente 90% dos caso (http://www.dentistvet.com)

- vegetante e o foliáceo que será o tema abordado.
O pênfigo vegetante é uma forma mais branda de pênfigo vulgar. Ele não progride e histologicamente tem vesículas menos, mas mais de proliferação epidérmica.
(
http://www.kosvi.com    )
O pênfigo foliáceo, também conhecido como doença do fogo selvagem, é uma das dermatoses auto imunes mais comuns, apesar de que se comparada a outras doenças que os animais podem desenvolver, é uma das mais raras. Dentro dessa doença, os animais comumente afetados são os cães e gatos, mas há relatos de casos em eqüinos e caprinos. Ela provoca calor, rubor e edema manifestando-se na mucosa oral e principalmente na epiderme por bolhas, pústulas, vesículas e esfoliação, causando prurido, ardência, calor e desconforto no animal.

Etiologia e Patogenia

A etiologia dessa doença não é bem definida, então tem relação idiopática, mas comumente também está relacionada a doenças crônicas ou uso de fármacos. 
A ocorrência de pênfigo foliáceo também está condicionada a fatores endógenos e genéticos. Assim sendo, cães das raças Akita, Chow-Chow, Labrador, Retriever, Doberman, Pinscher, Terra Nova, Cocker Spaniel, Poodle e Dachshund são acometidos mais frequentemente, apesar de que pode ocorrer em outras raças também.
Geralmente afeta animais de média idade, e além dos fatores supracitados, fatores como: luz ultravioleta, queimaduras, neoplasias, fatores hormonais e nutricionais, emocionais, viroses e vacinações também podem desencadear o pênfigo foliáceo.  

No pênfigo, a hipersensibilidade desenvolvida é do tipo II, onde as Imunoglobulinas G estão em grande presença. Então, na pele, os desmossomos são responsáveis pela adesão intercelular das células do epitélio. Os queratinócitos, componentes do epitélio, são recobertos por esses desmossomos que contém as principais proteínas que são antígenos do pênfigo. Então a desmogleína 1, que é considerada o principal antígeno do pênfigo foliáceo, se liga aos auto anticorpos, resultando em acantólise, perdendo a coesão das células epidérmicas, que assim levam a formação de vesículas que levam a ativação da cascata do sistema complemento, onde C3a e C5a são anafilatoxinas degranuladoras de mastócitos que liberam aminas vasoativas, fator quimiotático de eosinófilos e neutrófilos, encontrados assim nas vesículas intradérmicas que causam as bolhas e pústulas.
Sinais clínicos:
- Descamação
- Crostas
- Pústulas
- Erosões
- Eritemas
- Alopecia
- Colaretes epidérmicos
- Hiperqueratose com fissura em coxins
Em geral, os locais mais comuns de lesão são a cabeça, normalmente começando pelo focinho e se disseminando, e também nos coxins. Nos gatos o envolvimento de mamas e leito ungueal é comum. A dor e prurido são variáveis e é possível ocorrer infecção bacteriana secundária.

Diagnóstico
O diagnóstico normalmente é obtido a partir da anamnese (consulta ao médico veterinário), exames físicos e exames complementares como: esfregaços das lesões, citologia e biopsia de fragmentos de pele de pústulas, sendo que esse teste ajuda para a obtenção de diagnóstico diferencial, imunoflorescência, imunohistoquímica e imunopatologia. A doença pode apresentar vários quadros clínicos, pois tem vários fatores desencadeadores dela e também há grande variação conforme a gravidade, também devido ao mesmo motivo.

Tratamento
tratamento do pênfigo foliáceo normalmente utiliza-se de fármacos imunossupressores, que são as drogas que diminuem a ação do sistema imunológico de forma temporária ou por um grande período de tempo, conforme a gravidade do quadro. Os fármacos usados frequentemente são os glicocorticóides, especialmente a prednisona ou prednisolona, podendo ser realizada associação com azatioprina, especialmente em casos recorrentes ou a fim de se reduzir os efeitos colaterais do uso continuado de glicocorticóides, que podem ser pêlos raros, infeccções bacterianas atrofia muscular, poliúria, polidpsia, aumento do peso, entre outros. 

Prognóstico
O prognóstico do pênfigo foliáceo é favorável na maioria dos casos, sob adequada terapia e acompanhamento médico.
Inglês bulldog
Bulldog Inglês com pênfigo foliáceo antes (à esquerda) e depois (direita) terapia imunossupressora
O prognóstico tende para o bem, mas a terapia ao longo da vida é geralmente necessária para manter a remissão. Casos de pênfigo foliáceo que são induzidos através de uma reacção de droga, são os mais prováveis ​​de ser curado.Acompanhamento regular dos sinais clínicos, hemograma, bioquímica sérica perfis, urinálise e culturas de urina com ajustes de tratamento como necessários são essenciais
No pênfigo foliáceo, apesar de parecer uma doença simples, ela pode evoluir e causar danos severos ao animal. Além disso, o diagnóstico é complicado, pois pode-se pensar em muitas outras doenças devido a ocorrência dos sinais clínicos serem muito comuns a várias atopias e dermatites de pele. Assim, é necessário que o proprietário esteja sempre atento a todos os sintomas e comportamentos de seu animal, para que quando algum problema ocorra, ao levá-lo ao veterinário ele possa informar o médico sobre o estado em que seu animal se apresenta normalmente e qual está apresentando. Com esses cuidados, a constatação da doença se torna simplificada, e o tratamento pode começar antes, permitindo a chance de o animal se recuperar melhor e mais rapidamente.
Por: alunas do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Brasilia (UnB) curso de Imunologia Geral. Adriana M.; Aline B.; Gabriela O.; Geórgia R.; Letícia D.
http://imunovet5.blogspot.com.br/2010/08/penfigo-foliaceo-fogo-selvagem.html

Fontes pesquisadas: 
http://www.kosvi.com/courses/vpat5205/immune/immune03.htm
http://www.dermvetvegas.com/pre_post.html

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DENISE DECHEN (http://dicaspeludas.blogspot.com.br/) 












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