PANOSTEÍTE - " doença dos ossos longos" ou "dores de crescimento".
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PANOSTEÍTE - " doença dos ossos longos" ou "dores de crescimento".



PANOSTEÍTE
 Por REDEVET

Introdução
A panosteíte é uma doença causada pela escassez óssea, levando a uma produção de um novo osso a partir de uma cavidade formada.
Ela ocorre espontaneamente em cães de rápido crescimento, geralmente sem história de trauma ou exercício excessivo.
A doença se manifesta sob forma de claudicação intermitente de um ou mais membros e é auto-limitada, podendo eventualmente desaparecer, com ou sem tratamento.
A causa da doença é desconhecida, mas alguns veterinários acreditam que seja por stress, outros por origem viral e até por causas genéticas.
Em muitos casos, os membros dianteiros são primeiramente afetados e logo após, o problema progride de perna em perna.
A panosteíte envolve áreas diafisárias, metafisárias e tubulares de ossos longos. É caracterizada por fibrose medular, ou seja, uma nova deposição óssea no endósteo e perióteo.
Além do nome panosteíte, é também conhecida como osteomielite juvenil, enostose, panosteíte eosinofílica, ou ainda, panosteíte canina.
Predisposição
Esta doença acomete cães de grande porte, sendo que os German Shepherds são particularmente os mais predispostos a essa condição. Já houve casos também em Basset Hound, Scottish Terrier, São Bernardo, Doberman, Pinscher, Setter, Golden Retriever, Labrador e Shnauzer miniatura.
Geralmente os cães são bem jovens, possuindo entre 5 e 14 meses de idade e os machos são mais predispostos do que as fêmeas. Geralmente, as fêmeas são acometidas durante o primeiro estro.
Em um estudo realizado, apenas 20% dos cães com o início da afecção eram velhos.

Etiologia / Histopatologia
A etiologia da panosteíte é desconhecida, mas pode ter origem genética.
As causas que contribuem com a doença, incluem:
- stress
- anormalidades transitórias vasculares
- distúrbios do metabolismo
- hiperestrogenismo e infecção viral.
Na histopatologia, observa-se uma degeneração dos adipócitos da medula óssea, seguida de proliferação de células do estroma, uma ossificação intramembranosa e uma regeneração medular adiposa do osso.
1-Pelvis, 2-Área afetada Panosteíte, 3- Femur (As claudicações geralmente se resolvem em um membro e afetam outro em conseqüência de uma mudança de sustentação)
Sintomas
- Inicialmente há uma claudicação aguda
- acompanhada de anorexia e letargia. 
- Essa claudicação ocorre espontaneamente, sem história de traumatismo recente. 
- A doença ocorre eventualmente, recorrendo a intervalos.
- As claudicações geralmente se resolvem em um membro e afetam outro em conseqüência de uma mudança de sustentação. 
- O prejuízo muscular pode estar presente em membros lesionados.
Após o osso passar pelo ciclo da lesão, é improvável que ele seja afetado novamente, mas um outro osso desse mesmo membro pode ser afetado.
Os sinais clínicos são intermitentes e continuam por muito tempo
- persistindo dos 2 aos 9 meses e se resolvendo geralmente com 18 a 20 meses de idade, quando a severidade do ataque vai sendo reduzida.
Os ossos geralmente afetados são:
 - o rádio 25%
- o úmero 14%
- o fêmur 11% e a tíbia 8%.
O animal apresenta hipertemia corpórea e nos locais afetados.

Exame Físico
Observa-se bastante dor, após firme pressão nas diáfises dos ossos afetados, acasionando desconforto ao animal.

Avaliação laboratorial
A hematologia e o perfil bioquímico sérico são mantidos normais.
Radiografia
As lesões radiográficas caracterizam-se por aumento de densidade, acentuando a cavidade medular.
Durante a resolução, as áreas reduzem gradativamente de tamanho e densidade.
Os sinais radiográficos podem persistir por vários meses após o desaparecimento dos sintomas clínicos.

Diagnóstico
Os sintomas clínicos, associados à radiografia são conclusivos para o diagnóstico.
Vídeo: Filhote pastor diagnosticado com Panosteíte
Diagnóstico Diferencial
É essencial a interpretação da claudicação, diferenciando a panosteíte de outras doenças ósseas de cães grandes e de crescimento rápido.
Tais doenças são a osteodistrofia hipertrófica, a osteocondrite dissecante escapuloumeral, a não união do processo ancôneo e a displasia coxofemural.

Prevenção
A prevenção envolve o controle nutricional do animal.
O excesso de Cálcio causa hipercalcitonismo, retardando assim o remodelamento ósseo.
Pode-se notar que o baixo nível de proteína na dieta, também pode prevenir esta condição.

Tratamento
Não existe uma terapia específica para panosteíte, mas pode ser administrado anti-inflamatório não esteroidal. Em casos severos, os anti-inflamatórios esteroidais podem ser utilizados com sucesso.
É necessário restringir o exercício físico nos animais com panosteíte e concientizar o proprietário de que é possível que o animal transfira a claudicação para outros membros, intermitentemente de 6 até 18 meses.
Patrícia Maria Passarelli - acadêmica - UMESP
Orientador: Dr. Sidney Piesco de Oliveira - Anjovet
Fonte:http://www.redevet.com.br/doencas/panost.htm
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