CONVULSÃO, EPILEPSIA, SÍNCOPE - COMO DISTINGUI-LAS
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CONVULSÃO, EPILEPSIA, SÍNCOPE - COMO DISTINGUI-LAS


Epilepsia em cães e gatos – o que fazer, meu Deus?!

Esse é um texto escrito pela MV MarianaBenitez Fini, ela trata de um assunto bastante sério de forma leve e bem humorada e de fácil entendimento. Ela dá ótimas dicas e informações,vale a leitura!

Se você tem um animalzinho epilético já sabe como é. Se nunca viu, é uma boa oportunidade de conhecer mais, sobre essa doença tão comum e tão….assustadora!! (brrr!)
E respira fundo…que o post é grande!

Pra começar, devemos saber reconhecer o que é a epilepsia.
“Ah! É quando o bicho fica se estrebuchando no chão, virando os olhos e babando!! Certo?”
Errado! Isso é chamado de convulsão, que é uma descarga elétrica repentina e excessiva dos neurônios que ficam no córtex cerebral. A epilepsia é uma doença caracterizada por convulsões recorrentes, ou seja, uma convulsão é uma convulsão, mas uma convulsão por dia/semana/mês… caracteriza a epilepsia.
Então, gafanhotos, é hora de aprendermos a identificar uma convulsão. E o mais importante, identificar o que não é uma convulsão.
Um engano que a gente encontra muitas vezes, por parte do proprietário, é achar que tudo é convulsão. “Meu cachorro caiu no chão, é convulsão!”. Nem sempre. É importante a gente saber que rola uma diferença entre a convulsão e uma síncope. Quando o animal cai (tipo morto) e depois levanta e sai andando tranqüilo não é uma convulsão. Isso é chamado síncope…e não tem lhufas a ver com epilepsia.
(Video- Síncope)
A epilepsia é muito mais complexa…não é só cair no chão e voltar a vida, que nem Jesus Cristo de quatro patas, dois minutos depois!
Então! A convulsão não é quando o bicho fica se estrebuchando no chão, virando os olhos e babando?”
Hm…não necessariamente. Os sinais apresentados na crise têm relação com a área do cérebro que recebeu a descarga elétrica excessiva. A convulsão pode envolver uns poucos neurônios, um único hemisfério ou o cérebro como um todo. Claro que quanto maior a área pior vai ser a crise.

Não vou ficar aqui explicando cada um dos tipos e subtipos de convulsão porque senão ninguém vai agüentar ler! O que nos interessa aqui é identificar um caso de epilepsia, uma convulsão, o que fazer…e o mais importante: como conviver com um amigo peludo epilético (Ou epiléptico – na verdade tanto faz, cada hora eu escrevo de um jeito. Me desculpem por isso…).
O animalzinho não vai, necessariamente, “se estrebuchar no chão, virando os olhos e babando”. Quando a convulsão atinge uma pequena área as manifestações físicas costumam ser beeeem discretinhas, como o animal ficar “caçando moscas invisíveis” (mordendo o ar), se lambendo compulsivamente, ficar contraindo os músculos de forma rítmica (às vezes as patas, às vezes o pescoço, a boca, sei la…)… sem perda de consciência.
(Vídeo- Convulsão leve)
Numa convulsão que atinge o cérebro todo, quase sempre encontramos perda de consciência, seguida por distúrbios musculares. O Animalzinho pode ficar com todos os músculos rígidos e duros ou totalmente flácidos (a gente chama isso de perda do tônus muscular)…. ou ainda apresentar contrações musculares rítmicas, que caracterizam a famooooosa convulsão generalizada tônico-clônica… aquela em que “o bicho fica se estrebuchando no chão, virando os olhos e babando”.
(Eplepsia- Convulsão forte ( cenas fortes) )
Meu pet teve uma única convulsão, dessas feias, há um ano atrás, mas depois disso nada mais aconteceu. Ele é epiléptico?
Não. A convulsão pode ser desencadeada por vários fatores, entre eles, substâncias tóxicas, choques , traumas…. sem que isso signifique que seu bichinho seja epiléptico. 
Importante observar que um animal não epiléptico pode vir a desenvolver a epilepsia após um trauma.

Meu cachorro/gato é epiléptico. Como posso saber quando ele vai ter uma convulsão?
Os animais (assim como as pessoas) sentem quando a crise se aproxima. Isso é chamado de “aura” (que não tem nada a ver com a cor da alma e essas coisas zen malucas…) ou, no caso específico da convulsão, de “pré-icto” (que eu sempre achei que seria uma coisa mais a ver com peixes do que com convulsão, mas fazer o que? Não sou eu que decido os nomes….). Quando o animal percebe que “algo vai acontecer” ele procura se esconder (embaixo da cama é sempre a melhor opção!), alguns ficam junto do proprietário, alguns correm sem motivo, outros ficam “pirados” (o cachorro bravo fica mansinho que nem uma cenoura cozida, enquanto que o poodle xodó da vovó vira um demônio do além, que morde até as pernas da mesa). Por isso, fique sempre atento às alterações comportamentais do seu amigo!

Meu pet não é epiléptico mas, mês passado, foi atropelado pelo vizinho. Hoje ele teve uma convulsão. Isso é normal?
Sim. Se ele teve um trauma ma cabeça é possível que tenha havido uma inflamação local, que alterou as propriedades dos neurônios permanentemente. A primeira convulsão pode aparecer em até 4 semanas após o trauma por isso, mesmo que pareça não ter nada a ver, sempre relate com detalhes a vida do seu pet para o veterinário!Quanto mais a gente sabe, mais fácil a gente cura =D
É muito importante que, quando o seu pet for levado ao veterinário após uma crise convulsiva, seja determinada qual a causa da convulsão e só assim sugerido um tratamento ou não.
Como assim “ou não?!”
O tratamento com anticonvulsivantes só é indicado para animais com crises frequentes e intensas. Se o cão tiver menos de 1 convulsão a cada 6 semanas e o gato tiver crises com frequência menor do que 4 por ano (a crise no gato é muito mais intensa), não vale a pena tratar, já que o tratamento não “cura” a epilepsia.

Durante a crise, o que eu faço? Fico ali perdido sem saber como ajudar…
Não há muita coisa que se possa fazer. Você pode intervir com medicamentos – se o veterinário recomendar! – Ou só ficar de olho para evitar que o animal morda a língua ou se engasgue com ela. A crise não deve durar mais de 2~3 minutos.
2~3 minutos? Meu cachorro convulsionou por quase meia hora!
Isso é o que a gente chama de estado epiléptico. É uma emergência e o proprietário tem que saber intervir o mais rápido possível, sempre com medicamentos prescritos pelo veterinário. É feio se ver. É horrível. Mas nessa, hora, cabeça fria… você tem que ser rápido, porque uma crise dessas pode levar seu amigo peludo direto pro céu dos cachorros, sem direito a escala no limbo. Informe seu veterinário o mais rápido possível no caso de ocorrência de uma crise longa ou várias crises em curtos intervalos de tempo!

Bom…Se o seu pet foi diagnosticado com epilepsia e o veterinário indicou a terapia medicamentosa (que, não. Eu não vou dizer qual é, porque sempre tem um maluco que vai querer aplicar por conta própria no pobre animalzinho, matar o bicho e dizer que a culpa foi minha!), se prepare para um tratamento rígido e dispendioso ( “dispendioso” sai mais bonito do que falar “caro” ou “os zóio da cara”, né?). O veterinário irá te ensinar como agir em caso de crises ou estados epilépticos, utilizando os anticonvulsivantes.
Como a cura é praticamente impossível, seu pet estará fadado a tomar anticonvulsivantes pro resto da vida, sempre respeitando rigorosamente os horários e doses, e a visitar o veterinário com freqüência (nunca, jamais, em hipótese alguma, ache que “tá tudo bem e não precisa voltar ao veterinário”! Esse pensamento mata mais cachorro que restaurante coreano!).

Comecei com o anticonvulsivante ontem…e não adiantou nada! Meu gato/cachorro teve outra convulsão hoje de manhã!
Hm…nós trabalhamos com remédios e não com milagres. Os anticonvulsivantes podem levar até duas semanas para fazer efeito. Se após esse período o seu pet ainda tiver crises freqüentes, leve ao veterinário para que ele possa ajustar a dose ou trocar o remédio.

Depois de tudo isso, parece até estranho dizer, mas o animal epiléptico pode levar uma vida quase normal. Se possível, deve ficar longe de fatores que iniciem uma crise (às vezes a gente pode determinar o que causa a convulsão. Podem ser sons, luzes, cheiros..). É importante que você, como proprietário de um animalzinho especial, respeite os medicamentos, as datas das consultas, siga sempre as instruções do veterinário e esteja, sempre que possível, ao lado do seu melhor amigo quando ele precisar.
 A epilepsia é uma doença séria e o animalzinho epiléptico deve ser tratado com muito carinho. Não “deixe pra depois”, não “espere pra ver se piora”. Ao primeiro sinal de que algo-está-errado, leve seu amigo para um profissional. =]

Fonte:http://petdicas.com.br/epilepsia-em-caes-e-gatos-o-que-fazer-meu-deus/267/
Para ler outras matérias da Drª Mariana acesse o PET DICAS

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DENISE DECHEN (http://dicaspeludas.blogspot.com.br/) 




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