ANIMAIS, CRIANÇAS E A ALERGIA
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ANIMAIS, CRIANÇAS E A ALERGIA



Médicos dão dicas para convívio de Pet com crianças alérgicas

Fator psicológico da presença do cão ajuda a melhorar quadro de alergia.
Filha de Barack Obama é alérgica e ganhou um mascote na Casa Branca.


Glauco Araújo Do G1, em São Paulo

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cumpriu recentemente a promessa de campanha e deu um cãozinho de presente para suas duas filhas. O animal escolhido vai se chamar Bo e é um cão d'água português, conhecido por soltar poucos pelos. O detalhe da pelagem do cachorro é importante pelo fato de a filha de Obama, Malia, de 10 anos, ser alérgica.
A médica alergologista Maria de Fátima Fernandes dá dicas de como o convívio de um cão e uma pessoa alérgica pode ser saudável.

Ao contrário do que se imagina, a presença do animal na vida de uma criança alérgica pode ser positiva e não precisa ser evitada. "O que se recomendava era o afastamento de uma pessoa com alergia do convívio com um cachorro/gato. Hoje, *
estudos mostram que isso não é mais necessário, pelo contrário, pode estimular o organismo a se defender de outras alergias", disse a médica Maria de Fátia Fernandes, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai).

Segundo ela, é preciso que a família tome alguns cuidados básicos com os animais em caso de uma criança ser alérgica a pelos de cachorros/gato. "No caso de crianças terem testes de alergia confirmados, é recomendado que os animais não tenham tanta intimidade com a criança, como ficar no quarto, na cama ou perto das roupas".

De acordo com a diretora da Asbai, os principais sintomas que uma pessoa tem quando é alérgica ao pelo do animal são urticárias de contato, asma e rinite. Ela recomenda que se escolha animais de pelos curtos, que a criança evite beijar e trazer o cão/gato perto das vias respiratórias e que se mantenha os pelos dos animais sempre limpos, evitando o acúmulo de ácaros na pelagem.


Teoria da Higiene

Maria de Fátima disse ao G1 que os cães podem ajudar a reduzir os casos de alergia. "Os trabalhos mais recentes mostram que, se a criança (alérgia ou com potencial de ser alérgica) tiver contato com animal doméstico, terá chance de desenvolver menos alergia. Isso se explica pelas bactérias que os cães deixam no ambiente, que não provocam doenças aos humanos, mas estimulam positivamente o sistema imunológico."
Para o médico João Ferreira de Melo Júnior, responsável pelo laboratório de alergia em otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas, os cuidados com crianças que já possuem diagnóstico de alergia a pelos de cães deve ser maior. "A Teoria da Higiene, que trata, de forma simplificada, da aproximação de cães a pessoas com alergia, ainda não foi comprovada e não se mostrou eficaz ainda".


Cuidados e efeito psicológico

Se a criança for alérgica ao ácaro, por exemplo, o cuidado será apenas o de se evitar que o pelo do animal armazene os ácaros. "Existe um balanço entre a parte do sistema imunológico que produz alergia e a que produz imunidade. A alergia é uma reação exagerada do organismo", afirmou Maria de Fátima.

As crianças com predisposição a ter alguma alergia, podem diminuir a incidência de doenças alérgicas em contato com animais de estimação, como o cão, ainda quando bebês. "São estudos ainda em andamento, mas que levam para essa conclusão", disse a médica alergologista.

A presença do cachorro na vida de uma criança pode desenvolver uma estabilidade emocional. "Isso é positivo, pois o fator psicológico é um agravante do quadro de alergia. Se a criança estiver desequilibrada psicologicamente poderá ter mais crises alérgicas", afirmou Maria de Fátima.

Melo Júnior concorda que o animal de estimação possa favorecer a criança em termos psicológicos. "Apesar disso, se ela já tiver indicativos de que tem alergia ao pelo do cachorro, o ideal é o afastamento (que pode ser apenas temporário, a determinada coisa pode sumir com o tempo, nesse caso, converse com um amigo ou parente da possibilidade de ter a guarda do animal, para que a família não perca o vínculo com o bichinho amado). Se isso não for possível, o animal terá de ser mantido limpo, evitando o contato da criança com o ácaro, por exemplo, e diminuir o convívio com o cachorro".(Fonte G1)

Alergia a Animais Domésticos: O que Fazer?

(Fonte: Hospital Infantil Sabará)

Os animais domésticos, como cães, gatos, pássaros, hamsters, entre outros, são queridos por muitas crianças e adolescentes. Contudo, nem todas essas crianças e adolescentes estão livres da alergia a animais. Abaixo respondemos a uma série de dúvidas frequentes entre os pais que possuem ou pretendem adotar um bichinho de estimação.

1. Por que as crianças e adultos sofrem de alergia ao entrar em contato com os cachorros e gatos? Pesquisando, achei informações sobre flocos de pele morta, restos de saliva e urina. Qual é a verdade nisso?

Os animais de sangue quente, ou de pelos e penas, desprendem cascas que contém proteínas da pele e também a saliva ou urina podem ser alergênicas e causar sintomas em pessoas geneticamente predispostas à alergia. Porém, nem todos os alérgicos terão esse problema.

2. Com relação aos outros animais, quais outros também são alérgenos? Pássaros, hamsters, porquinhos-da-índia... Tem mais algum? E existem animais de estimação que não causam nenhum tipo de alergia?

Qualquer animal de pelo ou pena podem causar alergias: pássaros, hamsters, porquinho-da-índia, cavalos, cobaias (ocorre em profissionais que trabalham em laboratórios). Além do alérgeno específico do animal, a presença de animais no ambiente interno da casa, aumenta a quantidade de ácaros (maior disponibilidade na cadeia alimentar, já que ácaros se alimentam de detritos de pele).

3. Se a pessoa tem reações alérgicas aos bichinhos, mas quer tê-los mesmo assim, qual é a postura que se deve adotar para ter o animal em casa sem prejudicar a saúde dos moradores? Banhos nos cachorros e gatos, limpeza das fezes e urina, limpeza da casa, etc.

O melhor é evitar o contato. Por exemplo, quem é alérgico a gatos, dependendo da gravidade da alergia, pode ter sintomas até quando o gato mora no apartamento vizinho, ou quando a avó, que tem um gato, vem visitar o netinho sem trocar de roupa... Pesquisas demonstraram a presença de alérgenos do gato no ambiente até seis meses após a retirada do animal.
De todo modo, se a alergia está controlada, pode-se tentar manter o animal fora da casa (de preferência no quintal) e dar banhos frequentes. Além de, é claro, fazer a limpeza adequada da casa.

4. É verdade que quanto mais a pessoa tiver contato com o animal, mais ela vai desenvolvendo tolerância ao bicho e fica mais resistente à alergia?

Isto não está comprovado. Existem estudos que demonstram o aumento da tolerância à exposição ao epitélio de cão e gato através da imunoterapia (aplicação de alérgenos em doses progressivamente crescentes, através das vacinas alergênicas).

5. Uma pessoa já apresenta uma alergia assim que entra em contato com o animal ou este processo alérgico pode desencadear após um tempo de convivência com ele?

Para que o processo alérgico ocorra, com formação de anticorpos contra o alérgeno do animal, deve ocorrer um contato inicial. Mas observa-se que essa alergia pode ser desencadeada após muito tempo de convivência também.

6. Em que casos de alergia a família deve decidir se desfazer do animal?

A principal recomendação para obter o controle das alergias é tentar manter-se distante do alérgeno que a causa (ex. alérgicos ao camarão não terão sintomas se não tiverem contato com o camarão). Do ponto de vista prático, em relação aos animais, esta medida deve ser mais incisiva quando se observa que a alergia está fora de controle, prejudicando com frequência a qualidade de vida do paciente.

Convívio pacífico

Por mais complicado que pareça, é possível a convivência tranquila entre pessoas alérgicas e seus animais de estimação. "Desde que seja iniciado o tratamento com a vacina e que se  tenha certos cuidados, como não deixar os animais dentro do quarto da criança, menos ainda em sua cama", adverte a alergista.

A veterinária Carla é o exemplo de que é possível viver de maneira pacífica rodeada pelo seu elemento alérgeno. Ela é alérgica à caspa de cachorro e descobriu isso apenas no último ano de faculdade. "Cada vez que vem um animal com esse problema até o hospital veterinário, eu me protejo usando máscara. Caso contrário, eu desenvolvo rinite e posso chegar a ter sinusite", expõe.

Escolha das raças

Para ajudar os pais na tarefa difícil de escolher o bichinho ideal para as crianças alérgicas, a veterinária dá boas dicas. No caso dos cachorros, ela sugere a busca por raças que não perdem pelo com o tempo ou que façam poucas trocas, como poodle, schnauzer, yorkshire e lhasa apso. Diferente do que a maioria das pessoas imagina, as raças que possuem pelo pequeno, como dálmata ou basset, são as menos indicadas pela constante troca da pelagem.

Se a criança for alérgica à descamação da pele do cachorro, os pais devem evitar adquirir animais das raças cocker, basset hound e sharpei, por exemplo, pois eles costumam apresentar sérios problemas de pele.

Carla acrescenta que se os pequenos forem muito alérgicos, ela não aconselha que a família adquira um gato da raça persa, pois ele costuma perder bastante pelo. Já para os que possuem sensibilidade à saliva dos felinos, o problema é maior devido à maneira de higienização dos gatos, que expõe a criança ao contato constante com seu alérgeno.  

(Fonte: Guia da Semana)

Conclusão: 
Fica claro que não existe motivo para pânico ou querer se desfazer de um bichinho quando se está esperando um bebê, que o convívio com animais trás inúmeros benefícios para a saúde da criança, inclusive são usados em hospitais infantis onde crianças com câncer ou doenças prolongadas recebem visitas de animais por comprovadamente beneficiar piscicologicamente essas crianças o que melhorar a  sua imunidade .
O grande causador da alergia são os ácaros e não o animal, manter a casa e o animal bem asseado diminui e muito  as chances da criança desenvolver alergia.
Com medicamentos e a alergia controlada, a criança pode conviver com seu animalzinho querido, evitando que usem a mesma cama, sofá etc... ou ainda restringir algumas áreas de acesso.

Não descarte uma vida, não abra mão de um amigo!

Denise Dechen
*Estudo recente (2014) foi feito com 467 recém-nascidos americanos, acompanhados por três anos. Os pesquisadores visitaram as casas dos bebês para medir a quantidade e tipos de alérgenos que os rodeavam. Eles analisaram as bactérias contidas na poeira coletada de 104 residências e fizeram testes periódicos de alergia e chiado em todos os nenês.

Segundo o estudo, o chiado do peito aos 3 anos mostrou-se três vezes mais comum entre crianças que cresceram sem exposição a pelo de gato e rato e fezes de baratas nos primeiros doze meses de vida, em comparação às que viveram em casas com todos essas sujeiras. O efeito protetor era mais eficiente nos bebês expostos aos três alérgenos do que a dois ou a um deles. Além disso, os pequenos moradores de residências com grande variedade de bactérias eram menos propensos a desenvolver alergias e chiado aos 3 anos.
Quando os pesquisadores compararam os efeitos cumulativos das bactérias combinadas com os alérgenos de ratos, baratas e gatos, eles perceberam outra diferença notável:. Aos 3 anos, 41% das crianças sem chiado e alergia tinham crescido em ambientes com as maiores incidências desses agentes. Contrariamente, apenas 8% dos que sofriam dos dois males tinham sido expostas a esses alérgenos no começo da vida. (leia mais AQUI)


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DENISE DECHEN (http://dicaspeludas.blogspot.com.br/)




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